Ibovespa Futuro cai em meio à expectativa fiscal e tom duro do BC

BC diz que piora adicional nas expectativas de inflação pode prolongar aperto no juro

Felipe Moreira

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O Ibovespa Futuro opera em baixa nas primeiras negociações desta terça-feira (12), em meio ao nervosismo com a demora do governo para apresentar novas medidas fiscais e preocupações com políticas do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, em dia de divulgação da ata da última reunião do Banco Central e de novos balanços corporativos.

Segundo notícias na mídia, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu que o ministério da Defesa seja incluído no grupo que será afetado pelo pacote de contenção de gastos discutido pelo governo federal.

A agenda de Lula para esta terça prevê reuniões com os ministros do Trabalho e Emprego, da Pevidência Social, do Desenvolvimento Social, da Casa Civil e da Secretaria de Relações Institucionais, entre outros compromissos.

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Já a ata do Copom disse que uma deterioração adicional das expectativas de mercado para a inflação à frente pode levar a um prolongamento do ciclo de aperto dos juros básicos implementado pelo Banco Central.

Para Étore Sanchez, da Ativa Investimentos, a ausência de definição de ritmo, fim de ciclo e, com as perspectivas inflacionárias em avanço, criou um sinal de que a Selic teria um ritmo de aperto acelerado.

Às 9h09 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em outubro caía 0,21%, aos 128.655 pontos.

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Nos EUA, o Dow Jones Futuro operava com baixa de 0,11%, S&P500 caía 0,15% e Nasdaq Futuro recuava 0,10%, após avanço de Wall Street nos últimos dias com os resultados das eleições presidenciais, com os investidores aguardando dados de inflação para obter mais sinais sobre as perspectivas econômicas e de política monetária do país.

Ibovespa, dólar e mercado externo

O dólar à vista operava com alta de 0,36%, cotado a R$ 5,790 na compra e R$ 5,791 na venda. Na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,35%, a 5.799 pontos.

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam no vermelho, com investidores cautelosos, apesar das ações nos EUA continuarem sua recuperação pós-eleição e os principais índices de referência fecharem em máximas recordes.

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Os preços do petróleo operam com leve alta, com investidores aguardando novas orientações de preços do relatório mensal da OPEP, depois que o plano de estímulo da China e as preocupações com o excesso de oferta tiraram o fôlego dos mercados em sessões anteriores.

As cotações do minério de ferro na China fecharam em leve alta, enquanto os investidores avaliavam uma série de dados econômicos mais fracos na China, após as últimas medidas de estímulo do principal consumidor terem decepcionado e tirado o fôlego dos mercados na sessão anterior.

(Com Reuters)