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Ibovespa Futuro cai com novos dados de emprego nos EUA e evento em Brasília em foco

As preocupações com a inflação nos EUA voltaram à tona depois que dados mostraram que a economia e o mercado de trabalho norte-americanos seguem estabilizados

Felipe Moreira

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O Ibovespa Futuro opera em queda nos primeiros negócios desta quarta-feira (8), com dados de emprego nos Estados Unidos ditando a direção dos mercados, em dia que o Federal Reserve (Fed) também divulga a ata de sua última reunião de política monetária.

As preocupações com a inflação nos EUA voltaram à tona depois que dados mostraram que a economia e o mercado de trabalho norte-americanos seguem estabilizados, provocando expectativas de que o Fed será contido em seu ciclo de cortes de juros.

Em meio à expectativa pelo relatório de emprego fora do setor agrícola (payroll) dos EUA na sexta-feira, investidores avaliam nesta sessão dados da ADP de emprego privado e números de pedidos de auxílio-desemprego.

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Na cena nacional, investidores acompanham o noticiário político durante evento em Brasília. Já produção industrial brasileira registrou queda de 0,6% em novembro na comparação com o mês anterior.

Às 9h06 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em fevereiro caía 0,61%, aos 121.700 pontos.

Nos EUA, o Dow Jones Futuro operava com queda de 0,03%, S&P500 caía 0,03% e Nasdaq Futuro recuava 0,04%.

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Ibovespa, dólar e mercado externo

O dólar à vista operava com alta de 0,64%, cotado a R$ 6,142 na compra e na venda. Na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,61%, a 6.167 pontos.

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam de forma mista, com as incertezas econômicas pesando sobre o otimismo dos investidores na região, enquanto os mercados chineses refletem uma crescente preocupação com uma possível espiral deflacionária. Paralelamente, os prêmios de rendimento em crédito estão próximos dos níveis mais baixos desde a crise financeira global, desafiando o apetite dos investidores em meio a uma onda de emissões que está inundando os mercados globais de dívida.

No mercado de títulos do governo chinês, avaliado em US$ 11 trilhões, o pessimismo dos investidores atingiu níveis inéditos. Os rendimentos dos títulos de 10 anos caíram para mínimas históricas nas últimas semanas, ficando mais de 300 pontos-base abaixo de seus equivalentes nos Estados Unidos, mesmo após a implementação de diversas medidas de estímulo econômico anunciadas por Pequim.

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Os preços do petróleo operam em alta devido à redução da oferta pela Rússia e pelos membros da OPEP, enquanto dados que revelaram um aumento inesperado nas vagas de emprego nos Estados Unidos indicam uma expansão da atividade econômica e, consequentemente, maior demanda por petróleo.

As cotações do minério de ferro na China voltaram a recuar nesta quarta, pressionados pela decepção com a falta de mais estímulos na China, principal mercado consumidor da commodity.

(Com Estadão Conteúdo e Reuters)