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Ibovespa Futuro cai com expectativa sobre PL de isenção de IR e diálogo Trump-Putin

Lula deve anunciar o envio do projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000

Felipe Moreira

B3 (Germano Lüders/InfoMoney)
B3 (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa Futuro operava em queda nos primeiros negócios desta terça-feira (15), com atenções voltadas para uma reunião no Palácio do Planalto em que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve anunciar o envio do projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5.000. Além disso, investidores acompanharão notícias sobre um telefonema entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Rússia, Vladimir Putin, que discutirão a possibilidade de um cessar-fogo para a guerra na Ucrânia.

Às 09h07 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em abril recuava 0,39%, aos 131.785 pontos.

A reunião, que ocorrerá às 11h30, incluirá o ministro da Fazenda, Fernando Haddad; a ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann; o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB); e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

A reforma do IR é uma promessa de campanha de Lula e gera receios do mercado, que teme que a medida possa piorar o quadro das contas públicas. Duas fontes com conhecimento do assunto disseram à Reuters na segunda que o governo proporá uma taxação de 10% sobre lucros e dividendos remetidos ao exterior para compensar parte da renúncia de arrecadação do projeto.

Na cena doméstica, os agentes financeiros também têm no radar o início da reunião de dois dias do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que divulga sua decisão sobre a taxa Selic na quarta-feira.

Nos EUA, o Dow Jones Futuro operava com alta de 0,14%, S&P500 tinha desvalorização 0,20% e Nasdaq Futuro caía 0,35%.

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Ibovespa, dólar e mercado externo

O dólar à vista subia 0,32%, aos R$ 5,703 na compra e R$ 5,704 na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,34%, aos 5.725 pontos.

Os mercados da Ásia-Pacífico fecharam com alta, impulsionados por outra explosão de entusiasmo pela China, que tem sido uma beneficiária improvável da agitação de Trump nos mercados dos EUA e nas expectativas de crescimento.

O último impulso veio da divulgação de outro relatório surpreendentemente fraco de vendas no varejo dos EUA, e da confirmação da Casa Branca de que tarifas recíprocas entrarão em vigor em 2 de abril.

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Os investidores acompanharão de perto os mercados japoneses, com o Banco do Japão iniciando nesta terça sua reunião de política monetária de dois dias. A expectativa é de que a instituição mantenha as taxas de juros estáveis em 0,5% ao término do encontro na quarta-feira.

O principal índice acionário da Alemanha rondava sua máxima recorde nesta terça-feira, antes de uma votação no Parlamento sobre mudanças nas regras fiscais do país que permitirão empréstimos estatais maciços a fim de estimular o crescimento.

Os preços do petróleo sobem pelo terceiro dia consecutivo, já que as crescentes tensões no Oriente Médio ofuscaram as preocupações sobre um possível excesso global.

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As cotações do minério de ferro na China fecharam em baixa, enquanto problemas imobiliários na China afetam demanda resiliente por aço.

(Com Reuters)