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Ibovespa Futuro cai com dados fracos da China e nova intervenção cambial no radar

Decisão de juros nos EUA, ata do Copom e relatório de inflação são destaques da semana

Felipe Moreira

B3  Bovespa  Bolsa de Valores de São Paulo  (Germano Lüders/InfoMoney)
B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa Futuro opera em queda nas primeiras negociações desta segunda-feira (16), com investidores ajustando posições antes da decisão sobre juros do Federal Reserve (Fed), prevista para quarta-feira. Além disso, os investidores digerem a alta hospitalar do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dados fracos da China e o anúncio de uma nova intervenção cambial do Banco Central.

Na cena nacional, o foco recai sobre a ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC na terça e sobre o Relatório de Inflação na quinta. Na semana passada, o BC acelerou o ritmo de aperto nos juros e elevou a taxa Selic em 1,00 ponto percentual, a 12,25% ao ano, e surpreendeu ao prever mais duas altas da mesma magnitude à frente.

Na pauta do dia, os mercados eram pressionados por dados econômicos fracos da China, onde o consumo desacelerou mais do que o esperado em novembro. As vendas no varejo cresceram apenas 3% no mês passado, muito mais lentamente do que o aumento de 4,8% de outubro e a previsão dos economistas de 4,6%.

Investidores nacionais devem reagir também à decisão do BC de fazer novo leilão de dólares com compromisso de recompra nesta segunda-feira, quando serão ofertados 3 bilhões de dólares ao mercado no que será o terceiro pregão consecutivo com intervenções no câmbio.

Lula recebeu alta hospitalar no domingo depois de quase uma semana internado no Hospital Sírio-Libanês em São Paulo, onde passou por cirurgia de emergência na madrugada de terça-feira para drenar um hematoma no crânio. O presidente afirmou que estava voltando para casa certo de que está curado e que pode voltar a trabalhar normalmente.

Às 9h07 (horário de Brasília), o índice futuro com vencimento em dezembro recuava 0,18%, aos 124.770 pontos.

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As projeções dos analistas para a taxa Selic em 2025 voltaram a subir, enquanto as estimativas para o câmbio avançaram nos quatros anos projetados, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (16) pelo Relatório Focus do Banco Central.

Nos EUA, o Dow Jones Futuro operava com alta de 0,14%, S&P500 subia 0,19% e Nasdaq Futuro tinha valorização de 0,36%.

Ibovespa, dólar e mercado externo

O dólar à vista operava com alta de 0,70%, cotado a R$ 6,077 na compra e R$ 6,078 na venda. Na B3 o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,63%, a 6.086 pontos.

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Os mercados da Ásia-Pacífico encerraram em queda após a divulgação de dados decepcionantes de vendas no varejo da China, indicando que a segunda maior economia do mundo continua enfrentando dificuldades para se recuperar.

Os mercados europeus operam em queda, depois que as ações chinesas caíram após dados decepcionantes de vendas no varejo. Os traders na Europa também estão cautelosos após a Moody’s ter cortado a nota de crédito da França e antes de um voto de confiança no chanceler alemão Olaf Scholz. Uma perda para Scholz pode desencadear eleições antecipadas. A medida ocorre após o colapso de sua coalizão de governo no mês passado.

Entre as commodities, os preços do petróleo operam em baixa após um avanço semanal, já que os EUA sinalizaram sanções mais rígidas ao petróleo bruto russo e as autoridades chinesas prometeram reforçar a economia do país.

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As cotações do minério de ferro na China fecharam em alta, com a retomada das esperanças de flexibilização monetária por lá, superando a fraca demanda no curto prazo e os dados imobiliários sombrios que haviam levado os preços aos níveis mais baixos na semana anterior.

(Com Reuters)