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O Ibovespa Futuro opera em baixa nesta terça-feira (20), com as atenções voltadas para reuniões do presidente Luiz Inácio Lula da Silva com ministros e líderes governistas com MP da reoneração da folha de pagamentos no radar, enquanto o mercado externo avalia corte recorde de juros na China, às vésperas da divulgação das atas das últimas reuniões monetárias do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central Europeu (BCE).
A agenda de Lula estava prevista para começar às 9h (horário de Brasília) com reunião com, entre outros, os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, e das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Também participam os três líderes do governo no Congresso. À tarde Lula terá encontro somente com Haddad. Na véspera, Haddad disse que a reoneração seria um dos temas que ele tratará com Lula em reunião nesta terça, dizendo que o cenário atual é melhor para encontrar uma solução para o tema.
Às 9h11, o índice futuro com vencimento em abril operava com baixa de 0,65%, aos 130.245 pontos.
Em Wall Street, índices futuros dos EUA operavam em baixa, na volta do feriado do Dia do Presidente sem agenda, à espera da ata do Federal Reserve (Fed), amanhã, em meio à incertezas sobre o início do ciclo de corte dos juros americanos.
Nesta manhã, o Dow Jones Futuro caía 0,32%, S&P Futuro recuava 0,34% e Nasdaq Futuro registrava baixa de 0,52%.
Dólar e mercado externo
O dólar comercial opera com baixa de 0,10%, cotado a R$ 4,956 na compra e R$ 4,957 na venda. Já o dólar futuro (DOLFUT) caía 0,02%, indo aos 4.962 pontos.
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No mercado de juros, os contratos futuros operam sem direção única. O DIF25 opera estável, a 10,04%; DIF26, -0,01 pp, a 9,85%; a DIF27, 0,00 pp, a 10,02%; DIF28, 0,00 pp, a 10,26%; DIF29 0,00 pp, a 10,42%.
Os preços do petróleo operam com perdas, mas próximo das máximas de três semanas, com traders de olho no aumento das tensões no Oriente Médio e na recuperação da demanda da China.
As cotações do minério de ferro na China fecharam em baixa nesta terça-feira, caindo para menor nível em mais de 3 meses devido a crescentes preocupações com a demanda chinesa, apesar de sua última medida para reanimar seu mercado imobiliário. O minério de ferro de referência para março, SZZFH4, na Bolsa de Cingapura, caiu 4,39 %, para US$ 121,8 a tonelada, o nível mais baixo desde 8 de novembro.
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As bolsas asiáticas fecharam sem direção única nesta terça-feira, à medida que investidores receberam sem tanto entusiasmo a última decisão de juros do banco central da China, conhecido como PBoC. No fim da noite de ontem (19), o PBoC decidiu reduzir sua taxa de juros de referência para empréstimos (LPR, na sigla em inglês) de 5 anos em 25 pontos-base, a 3,95%. O corte, recorde e maior do que o esperado, tem o claro objetivo de impulsionar o combalido mercado imobiliário chinês, segundo analistas da Capital Economics. Por outro lado, a LPR de 1 ano ficou inalterada em 3,45% pelo sexto mês seguido. O anúncio do PBoC foi recebido com certa frieza pelos mercados chineses, que tiveram ganhos apenas modestos, revertendo baixas de mais cedo no pregão.
Os mercados europeus operam mistos, com os investidores digerindo um corte maior que o esperado na taxa básica de juros da China em meio a preocupações persistentes de desaceleração do crescimento. A ação do Barclays, por sua vez, disparava após o banco anunciar uma revisão estratégica., incluindo cortes substanciais de custos, vendas de ativos e uma reorganização de suas divisões de negócios, junto com os resultados do quarto trimestre.