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Ibovespa Futuro acompanha NY e opera em leve baixa, com dados dos EUA e flexibilização da China no radar

Dados de inflação nos EUA, reunião do COPOM e IPCA no Brasil são destaques da semana

Felipe Moreira

B3  Bovespa  Bolsa de Valores de São Paulo  (Germano Lüders/InfoMoney)
B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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Depois do principal índice da bolsa brasileira encerrar a semana passada em alta de 2,7%, em meio a discussões sobre o risco fiscal doméstico, o Ibovespa Futuro abre em baixa nos primeiros negócios desta segunda-feira (5). O movimento de baixa acompanha o desempenho do pré-mercado americano e bolsas da Europa, ainda repercutindo dados do relatório de empregos nos EUA acima do esperado, levantando algumas dúvidas sobre o ritmo da desaceleração do aperto monetário americano.

Enquanto isso, mais cidades chinesas anunciaram um alívio nas restrições relacionadas ao coronavírus no domingo, e também houve relatos de que Pequim pode reduzir a classificação de ameaça para a Covid-19, mas a flexibilização se dá de forma desigual no país e ainda gera incerteza.

Na semana, no cenário local, investidores seguem atentos aos desenvolvimentos em torno da tramitação da PEC de Transição no Senado.

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva terá nesta segunda encontro em Brasília com o conselheiro de segurança nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, e o assessor do país para América Latina, Juan Gonzalez. Segundo Lula, o encontro servirá para discutir data de viagem sua aos EUA para encontro com o presidente Joe Biden, que pode ocorrer ainda antes da posse em 1º de janeiro.

Na frente econômica, as atenções estarão voltadas para a última reunião do Copom do ano, além da divulgação do IPCA de novembro e as vendas no varejo referentes a outubro.

Ibovespa hoje: confira o movimento dos mercados nesta segunda-feira

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Às 9h14 (horário de Brasília), o contrato do Ibovespa para dezembro tinha queda de 0,37%, aos 111.840 pontos.

Em Wall Street, os índices futuros dos EUA operam em baixa nesta manhã, enquanto investidores aguardam mais dados econômicos antes da reunião de política monetária de dezembro do Federal Reserve (Fed).

Um forte relatório de empregos (payroll) de novembro divulgado na última sexta (2) inicialmente pesou sobre as ações, mas os investidores afastaram essas preocupações em antecipação a aumentos menores de juros do Fed, possivelmente começando com a reunião de 13 e 14 de dezembro. Investidores esperam uma semana que pode ser grandes catalisadores antes da decisão do BC americano.

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Nesta manhã, Dow Jones Futuro recuava 0,38%, S&P Futuro caía 0,40% e Nasdaq Futuro tinha baixa de 0,25%.

De volta ao cenário local, a expectativa de inflação para 2022 voltou a subir, para 5,92%, e a do PIB foi elevada para 3,05%, segundo estimativas do mercado financeiro divulgadas nesta segunda-feira (5) no Boletim Focus, do Banco Central.

Dólar

Após interromper uma sequência de perdas na última sexta-feira (2), o dólar comercial opera com alta de 0,22% nesta segunda-feira, cotado a R$ 5,226 na compra e R$ 5,227 na venda. Já o dólar futuro para janeiro tem valorização de 0,23%, a R$ 5,259.

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O DXY que mede a performance do dólar diante de uma cesta de moedas opera em baixa, com traders de olho em dados de empregos dos EUA mais fortes do que o previsto, enquanto as crescentes esperanças de reabertura da China aumentaram o otimismo do mercado.

No mercado de juros, os contratos futuros sobem em bloco. O DIF23 (janeiro para 2023) opera em alta de 0,01 pp, a 13,67%; DIF25, +0,04 pp, a 12,94%; DIF27, +0,08 pp, a 12,54%; e DIF29, +0,05 pp, a 12,51%.

Exterior

A maioria dos mercados europeus opera em baixa na sessão de hoje (5), enquanto investidores avaliam o abrandamento das restrições da Covid na China e os movimentos do petróleo.

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Os países membros da OPEP concordaram em manter o curso da política de produção antes de uma proibição pendente da União Europeia ao petróleo russo.

As cotações do petróleo operam em alta nesta segunda, depois que os países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) mantiveram sua política de reduzir a produção da commodity e notícias de relaxamento das restrições ao Covid na China.

Além disso, autoridades russas rejeitaram o teto de preço para o petróleo do país de US$ 60 o barril estabelecido por União Europeia, o G-7 e outros países e ameaçaram neste sábado parar de fornecer a commodity às nações que endossaram a medida.

Ainda no radar dos investidores estão as vendas do varejo da Zona do Euro de outubro, com queda mensal de 1,8% e anual de 2,7%. O dado foi ligeiramente abaixo do esperado: o consenso Refinitiv previa recuo de 1,7% na comparação com setembro e de 2,6% na base anual.

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam com alta em sua maioria, repercutindo o afrouxamento das regras de teste de Covid em algumas cidades da China, sinalizando que mais flexibilização pode ocorrer no país, que está sob rígidas restrições relacionadas à Covid há mais de dois anos.

O índice Kospi, da Coreia do Sul, contrariou a tendência positiva e fechou em queda de 0,62%, aos 2.419 pontos.

As cotações do minério de ferro na China operam em alta, impulsionados pelas crescentes esperanças de reabertura da segunda maior economia do mundo.

(com Reuters)