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Ibovespa futuro acompanha Bolsas no exterior e opera em alta moderada

Dólar e juros futuros operam próximos da estabilidade; Wall Street pode fechar semestre com pior desempenho em décadas

Mitchel Diniz

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O Ibovespa futuro opera em alta nos primeiros negócios desta segunda-feira (27) e acompanha a tendência do pré-mercado em Nova York, que também opera no azul. A última semana do mês também começa positiva para as Bolsas na Europa e na Ásia, onde as restrições da Covid-19 foram ainda mais flexibilizadas. A agenda de indicadores internacionais está esvaziada e, por aqui, a atenção do investidor se volta sobretudo à Brasília e ao noticiário corporativo.

A manobra do governo para reduzir o impacto da alta dos combustíveis na inflação, por meio de um pacote de auxílios via Proposta de Emenda à Constituição (PEC), aumentou os temores do mercado sobre os riscos fiscais. O Ibovespa foi à pontuação mais baixa em quase dois anos e, até o pregão da última sexta-feira (24), o principal índice da Bolsa brasileira acumula queda mensal de mais de 11%.

De acordo com a Agência Senado, o relator da PEC 16, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), deve entregar seu relatório na tarde desta segunda-feira (27). Segundo ele, o texto deve incluir, na constituição, um aumento de R$ 200 no valor do Auxílio Brasil, um reajuste do auxílio-gás em torno de R$ 70,00 e a criação do “voucher caminhoneiro”, que será de R$ 1.000, para R$ 680 mil motoristas. Todos as iniciativas valerão até o final de 2022.

Ainda hoje, o conselho da Petrobras (PETR4) vai discutir a indicação de Caio Paes de Andrade para uma das vagas do colegiado e para a presidência da estatal. O encontro foi confirmado depois que o Comitê de Elegibilidade da empresa concluiu que Andrade tem os requisitos legais para ocupar o cargo.

Às 9h24 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro para agosto operava em alta de 0,42%, aos 100.930 pontos.

O dólar comercial recuava 0,13% a R$ 5,245 na compra e R$ 5,246 na venda. O dólar futuro para julho tinha ligera alta de 0,03%%, a R$ 5,255.

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Os juros futuros abriram com tendência de baixa: DIF23, estável, a 13,64%; DIF25, -0,01 pp, a 12,49%; DIF27, -0,01 pp, a 12,42%; e DIF29, -0,03 pp, a 12,54%.

Os futuros em Nova York operam em alta, dando sequência aos ganhos da semana passada. Apesar disso, as bolsas americanas devem ter seu pior primeiro semestre em décadas.

Investidores seguem avaliando se as ações atingiram um fundo ou estão se recuperando brevemente das condições de sobrevenda. As ações podem continuar a subir no curto prazo esta semana, à medida que os investidores reequilibram suas participações no final do trimestre.

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A semana começa com os números de pedidos de bens duráveis, indicador de atividade das empresas fabricantes. Também hoje, sai o índice de atividade industrial do Fed de Dallas, com as condições de negócios e atividade no setor industrial do Texas.

O Dow Jones futuro tinha alta de 0,25%, enquanto os futuros do S&P 500 e Nasdaq subiam, respectivamente, 0,35% e 0,42%.

Na Europa, os investidores devem acompanhar atualizações da cúpula dos líderes do Grupo dos Sete. O presidente dos EUA, Joe Biden, juntou-se aos líderes das democracias mais ricas do mundo, incluindo Canadá, Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Japão, para a cúpula de três dias que começou no domingo, na qual a Ucrânia e a economia global estão no topo da agenda.

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Enquanto os líderes do G-7 se reuniam na Alemanha, a capital ucraniana, Kiev, foi novamente atingida por ataques de mísseis russos, vários meses depois que as forças russas se retiraram da cidade para se concentrar no leste da Ucrânia, onde fizeram progressos significativos nas últimas semanas.

O índice Stoxx 600 operava em alta de 0,46%.

Os mercados asiáticos fecharam com ganhos. Sem novos casos de covid em Xangai, a China ampliou o relaxamento das restrições neste domingo, o que é uma boa notícia, em meio ao cenário de grande preocupação com a economia global.

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Análise técnica por Pamela Semezatto, analista de investimentos e especialista em day trader da Clear Corretora

Ibovespa

“Depois do rompimento fraco do suporte de 100.000 pontos, estamos aguardando a continuidade do movimento de baixa ou uma reação compradora para voltar a trabalhar na região de lateralização anterior. A semana passada, por mais que tenha fechado negativa, ainda não mostrou deslocamento e continuidade nos candles para confirmar a força de baixa. Segue em um movimento ainda esticado da queda e sem sinais de força compradora. Em caso de continuidade na queda, o próximo suporte forte esta nos 94.000 pontos.”

Dólar

“Testou a resistência forte de R$ 5,300, mas ainda não rompeu. Movimento comprador foi forte e esta um pouco esticado, portanto seria interessante uma correção. Caso aconteça o rompimento concreto do R$ 5,300, volta a trabalhar no range de lateralização anterior e o próximo ponto de resistência esta no R$ 5,500.”

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados