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Ibovespa futuro acompanha alta das Bolsas no exterior; flexibilizações na China animam investidores

Índice opera com ganhos moderados; investidor segue cauteloso com juros mais altos pelo mundo e risco de recessão

Mitchel Diniz

Painel de ações (Crédito: Shutterstock)
Painel de ações (Crédito: Shutterstock)

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O Ibovespa futuro abriu em alta e opera em terreno positivo nos primeiros negócios desta terça-feira (28). O índice acompanha o pré-mercado em Nova York, depois de uma sessão de perdas na véspera. A flexibilização para entrada de viajantes na China e manutenção de estímulos pelas autoridades do dragão asiático animam as Bolsas pelo mundo. Mas os investidores seguem cautelosos com os ciclos de aperto monetário conduzidos pelos Bancos Centrais e os riscos de recessão.

Às 9h19 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro para agosto operava em alta de 0,49%, aos 103.410 pontos.

O dólar comercial recuava 0,07% a R$ 5,230 na compra e R$ 5,231 na venda. O dólar futuro para julho tinha ligera queda de 0,21%%, a R$ 5,236.

Os juros futuros operam em alta: DIF23, +0,03 pp, a 13,70%; DIF25, + 0,06 pp a 12,66%; DIF27, +0,08 pp, a 12,62%; e DIF29, + 0,06 pp, a 12,75%.

Os futuros em Nova York avançam, após uma segunda-feira de perdas em Wall Street. Investidores reequilibram seus portfólios com a chegada do final do trimestre. O mercado também vai monitorar dados, como a confiança do consumidor em junho e os preços das casas em abril para avaliar, a saúde da economia. Os temores de uma recessão aumentaram recentemente, à medida que o Federal Reserve tenta combater a inflação crescente com aumentos agressivos das taxas.

Hoje, os presidentes do Federal Reserve em Richmond e São Francisco falam sobre perspectivas para economia e inflação americana em eventos diferentes.

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O Dow Jones futuro tinha alta de 0,62%, enquanto os futuros do S&P 500 e Nasdaq subiam, respectivamente, 0,54% e 0,46%.

As novas flexibilizações na China também dão impulso às Bolsas europeias nos negócios desta terça-feira. Mas o dia não é só de boas notícias para os investidores do velho continente. O índice de confiança do consumidor da Alemanha, calculado pelo instituto GfK, caiu de -26,2 pontos em junho para -27,4 em julho. O resultado veio abaixo do esperado por analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que esperavam queda a -27,0.

O encontro do Banco Central Europeu em Portugal entra em seu segundo dia e o mercado busca por novas pistas sobre o plano do BCE em elevar juros para conter a escalada da inflação.

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O índice Stoxx 600 operava em alta de 0,72%.

Em Hong Kong os papéis deram um salto e o Hang Seng fechou em alta de 0,85%. As ações da China continental também atingiram o maior patamar em quatro meses, com a flexibilização de restrições da Covid-19. Viajantes estrangeiros só precisarão ficar em quarentena por sete dias após a chegada à China continental, anunciou a Comissão Nacional de Saúde.

Anteriormente, eles precisavam passar de 14 a 21 dias em quarentena centralizada, dependendo da cidade de entrada e destino no país. As autoridades chinesas também sinalizaram com a manutenção de medidas de estímulos, para amenizar o impacto econômico deixado pelos recentes lockdowns.

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Em Tóquio, o índice Nikkei subiu 0,66%, fechando em alta pelo quarto dia consecutivo, com destaque para ações do setor de energia.

Os preços internacionais do petróleo sobem pelo terceiro dia consecutivo, pois cresce a percepção de que os principais produtores, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos, não devem conseguir aumentar a produção significativamente. Enquanto isso, a agitação política na Líbia e no Equador aumentava preocupações com a oferta.

O barril do WTI em Nova York subia 1,7%, a US$ 111,45 e o do Brent, em Londres, avançava mais de 2%, na casa das US$ 117.

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Os preços do minério de ferro estendem os ganhos da sessão anterior, com anúncio de relaxamento das restrições feito por autoridades chinesas. Nos últimos negócios da bolsa de Dalian, a alta foi de 6,31%, a 809,00 iuanes, o equivalente a US$ 121,01

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados