Ibovespa futuro abre em alta, inverte sinal e passa a cair; juros futuros recuam com IPCA abaixo do esperado

Futuros em Nova York operam entre perdas e ganhos à espera de dados de inflação

Mitchel Diniz

(Getty Images)
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O Ibovespa futuro abriu em alta mas logo reduziu os ganhos e agora opera no terreno negativo. Movimento semelhante pode ser visto no pré-mercado em Nova York, enquanto as Bolsas europeias recuam em dia de decisão sobre juros no Banco Central Europeu. Por aqui, destaque para o IPCA de maio, que avançou 0,47% de abril para maio, em menor intensidade do que os analistas previam.

Às 9h30 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro para junho operava em queda de 0,33%, aos 108.465 pontos.

O dólar comercial caí 0,14% a R$ 4,882 na compra e R$ 4,883 na venda. O dólar futuro para julho subia 0,43%, a R$ 4,925. O dólar futuro para julho recuava 0,31%, a R$ 4,916.

Os juros futuros recuam após o IPCA menos agressivo: DIF23, – 0,10 pp , a 13,40%; DIF25, – 0,20 pp, a 12,50%; DIF27, – 0,16 pp, a 12,44%; e DIF29, – 0,12 pp, a 12,56%.

Os futuros em NY ensaiavam uma recuperação mais cedo, mas reduziram ganhos na última hora, enquanto o investidor segue no aguardo de dados de inflação. Ontem as Bolsas encerraram a sessão em queda e os rendimentos do Tesouro dos EUA subiram mais uma vez.

O Dow Jones futuro tinha ligeira alta de 0,08%, enquanto os futuros do S&P 500 e Nasdaq subiam, respectivamente, 0,07% e 0,02%.

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Todos os olhos estarão na leitura do índice de preços ao consumidor americano para maio, que sairá amanhã (10). Muitos analistas acreditam que o dado será crucial para o caminho da política do Federal Reserve e se o banco central continuará aumentando as taxas em 50 pontos-base a partir de setembro. A próxima reunião do Fed vai acontecer na terça-feira e na quarta.

Na zona do euro, o Banco Central Europeu mantém taxa de juros em zero. No comunicado da reunião de política monetária, o BCE destaca que inflação é o grande desafio global. Os preços voltaram a subir de forma significativa em maio, por conta da alta de alimentos e energia.

No comunicado, o BCE afirma que vai subir juros em 25 pontos base na reunião de julho e que pode elevar a taxa na mesma intensidade em setembro. Novos aumentos depois disso serão analisados.

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O índice Stoxx 600, assim com outras Bolsas europeias, acentuou perdas após a decisão e recuava 0,83%.

As Bolsas da China recuaram de uma sequência de altas ao longo da semana, com novas restrições contra Covid-19 sendo adotadas em algumas partes da capital financeira Xangai. Moradores do distrito de Minhang não poderão sair de casa por dois dias para diminuir riscos de transmissão, já que o número de infectados pelo coronavírus voltou a subir ao longo da semana.

Ainda na China, as exportações saltaram 16,9% em maior na comparação com um ano atrás, superando as expectativas de analistas consultados pela Reuters (+8%). As importações também cresceram mais que o esperado, avançando 4,1% no período. Os números, considerados positivos, foram ofuscados pelas preocupações com a pandemia no país.

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Hoje à noite, antes dos mercados abrirem na Ásia, saem dados de inflação da China e também do Japão.

Análise técnica por Pamela Semezatto, analista de investimentos e especialista em day trader da Clear Corretora

Ibovespa

“Com a queda de ontem, chegou no patamar de suporte e que pode mostrar uma definição melhor para o curto prazo. Ainda não temos sinais de que será fundo para retomada da alta, mas é um ponto de atenção e que podemos esperar por reação. Caso não mostre força para alta e de continuidade na queda, espero por teste no suporte de 106.000 ou até dos 100.000.”

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Dólar

“Dia mais calmo ontem, não perdeu mínimas e nem rompeu máximas anteriores. Segue acima da resistência de R$ 4,860 e a próxima resistência forte e que pode nos mostrar reversão para altas é no R$ 5,300.”

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados