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O Ibovespa fechou em leve queda de 0,04% de nesta segunda-feira (30), ao 112.273 pontos, em um dia de baixa negociação, com um volume de apenas R$ 20,6 bilhões. O principal índice da Bolsa brasileira, no entanto, teve performance um melhor do que os benchmarks norte-americanos, que caíram forte.
Nos Estados Unidos, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq recuaram, respectivamente, 0,77%, 1,30% e 1,96%, com investidores se posicionando com cautela, em uma semana que conta com diversos eventos importantes.
“É uma semana bem pesada nos EUA. Temos decisão de juros na quarta-feira, pelo Fomc [sigla em inglês para Comitê Federal de Mercado Aberto] e, na quinta, há uma serie de resultados importantes, como Apple (AAPL34), Alphabet (GOGL34) e Amazon ([ativo=AMZN34])”, diz Ubirajara Silva, gestor da Galápagos Capital. “Dado o nível de preço dos ativos por lá, o mercado está ficando um pouco mais cauteloso”.
Apesar de ser consenso que o Federal Reserve irá impor uma alta de 0,25 ponto percentual, levando a taxa oficial americana para um intervalo entre 4,50% e 4,75%, investidores esperaram qual será a sinalização que as autoridades monetárias da maior economia do mundo trarão.
O VIX, considerado “índice do medo” e que mede as incertezas do mercado, subiu 7,73%, para 19,94 pontos.
“Indica um aumento da percepção de risco por parte dos investidores estrangeiros, em especial pelas demissões em série nos grandes players do mercado como Amazon, Microsoft, Google e Apple, sinalizando que ambas esperam um cenário econômico mais desafiador nos próximos meses”, debate Idean Alves, chefe de mesa de operações da Ação Brasil
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O dólar, com as incertezas, ganhou força mundialmente – o DXY, índice que mede a força da moeda americana frente a outras divisas de países emergentes avançou 0,33%, a 102,27. Frente ao real, a alta foi menor, de 0,06%, a R$ 5,114 na compra e a R$ 5,115 na venda.
No Brasil, investidores aguardam igualmente uma decisão sobre o futuro da taxa de juros no país – o que acontece também na quarta-feira.
“Aqui no Brasil, a mesma coisa. Mercado esperava um comunicado que traga alguma pressão na frente fiscal, mas a atividade está despencando e a inflação, cedendo. A questão vai ficar para qual será a importância do fiscal para o Banco Central”, fala Felipe Cima, operador de renda variável da Manchester Investimentos. “O Governo não quer uma queda de atividade tão clara, mas ao mesmo tempo ele não pode pressionar tanto o BC, se não a independência ficaria enfraquecida”.
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Segundo especialistas, investidores locais reagiram um pouco negativamente hoje às falas de Fernando Haddad, ministro da Fazenda, após sua reunião com Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central.
“No Brasil, os DIs são bem pressionados. Tivemos algumas declarações de Fernando Haddad após a reunião com Roberto Campos Neto sobre o substituto do Bruno Serra. Isso acaba sendo um tema bem delicado, que incomoda investidores. Não sei se deveria existir essa discussão entre Fazenda e presidente do Banco Central, que é independente”, defende o gestor da Galápagos.
A curva de juros subiu em bloco. Os DIs para 2025 ganharam 6,5 pontos-base, a 12,91%, e os para 2027, seis pontos, a 12,92%. As taxas dos contratos para 2029 e 2031 subiram, ambas, três pontos, a 13,11% e 13,20%.
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Entre as maiores altas do Ibovespa, ficaram ações de companhias muito ligadas ao mercado interno. Os papéis da Magazine Luiza (MGLU3) caíram 3,75%, os da CVC Brasil (CVCB3), 14,4%, e os da Cielo (CIEL3), 4,78%.
Do outro lado, entre as maiores altas, ficaram as ações ordinárias da Arezzo (ARZZ3), com mais 6,36%, as da Natura (NTCO3), com mais 5,49%, e as da Petz (PETZ3), com mais 4,46%.