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O Ibovespa fechou com leve alta nesta quarta-feira (21), acima dos 130 mil pontos, com as ações da WEG (WEGE3) respondendo pelo principal destaque positivo após resultado trimestral acima das expectativas. O índice de referência do mercado acionário brasileiro fechou em alta de 0,09%, a 130.031,58 pontos.
O movimento foi morno também no mercado de câmbio. O dólar à vista fechou o dia cotado a R$ 4,9385 na venda, em alta de 0,13% e, com o movimento desta quarta, a moeda norte-americana passou a indicar estabilidade no acumulado de fevereiro.
O destaque do noticiário ficou com a ata da última decisão de juros do banco central dos EUA. Já no Brasil, o noticiário econômico seguiu esvaziado. Pela manhã, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteve reunido com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, para discutir a questão da reoneração da folha de pagamentos de setores da economia. Após o encontro, Haddad não falou com a imprensa.
Entre as ações de maior peso e liquidez, algumas conseguiram se descolar do sinal majoritariamente negativo ao longo do dia, ganhando fôlego no fechamento, como Vale (ON +0,76%) e Petrobras (ON +0,25%, PN +0,14%). Gerdau (PN +2,06%), apesar do balanço fraco conforme se esperava, também se alinhou entre as ganhadoras do dia, tendo Weg (+6,89%), Pão de Açúcar (+6,22%) e Carrefour (+4,07%) na ponta do Ibovespa no fechamento da sessão. No lado oposto, Hapvida (-4,51%), Azul (-4,37%) e ISA Cteep (-3,73%), após divulgação do balanço do quarto trimestre.
Na máxima do dia, o Ibovespa foi um pouco além do nível do fechamento, naquele momento aos 130.033,91 pontos, com mínima a 129.358,66 e abertura aos 129.915,73 pontos. Na semana, avança 1,01% e, no mês, ganha 1,78%. No ano, cede 3,10%.
“O mercado testou a resistência dos 130 mil pontos, e confirmou em fechamento, após ter perdido força ao longo da tarde. A ata do Fed não trouxe muitas pistas e clareza sobre cortes de juros, com a percepção de que a atividade, nos Estados Unidos, continua a se expandir em ritmo sólido. Assim, lá fora, houve uma ‘pioradinha’ depois da ata, especialmente com relação aos juros dos Treasuries, e com a Bolsa também um pouquinho mais pesada em Nova York, então”, diz o economista Rodrigo Marcatti, CEO da Veedha Investimentos.
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Na ata desta tarde, referente à reunião de política monetária de janeiro, os dirigentes do Fed avaliaram que os riscos altistas para a inflação diminuíram, embora tenham destacado, também, que ela continua acima da meta de 2% ao ano. Os participantes observaram que, ainda que os riscos para as metas de emprego e inflação estejam em melhor equilíbrio, permanecem atentos.
Na ata, “alguns” deles observaram haver riscos de que esse progresso em direção ao cumprimento das metas possa estagnar, principalmente se a demanda agregada crescer ou se a melhora do lado da oferta desacelerar mais do que o esperado. E “vários” mencionaram, como mais um risco altista para inflação e atividade, a possibilidade de as condições financeiras ficarem “menos restritivas do que o apropriado”.
Após a ata, a Oxford Economics manteve a expectativa de que o Federal Reserve deve realizar o primeiro corte de juros em maio. A consultoria acrescenta, porém, que a ata desta tarde eleva a chance de que os cortes comecem depois disso, mas a Oxford avalia que o BC americano deve ganhar mais confiança na perspectiva da inflação.
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(com Reuters e Estadão Conteúdo)