Ibovespa fecha em alta de 0,6%, acima dos 105 mil pontos, com Magalu (MGLU3) e Via (VIIA3) puxando altas

Bolsa brasileira acompanha mercado internacional, impulsionado pelo setor de varejo; dólar recua, derrubando ações exportadoras

Equipe InfoMoney

B3  Bovespa  Bolsa de Valores de São Paulo  (Germano Lüders/InfoMoney)
B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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O Ibovespa fechou em alta de 0,63%, aos 105.554 pontos no pregão desta segunda-feira (27), que foi marcado pelo baixo volume de negociações, por conta do período de festas de final de ano, e com as varejistas Magazine Luiza e Via como destaques de alta.

Assim, a bolsa brasileira aproveitou o rally natalino dos mercados americanos, que contou com o S&P 500 batendo o seu 69º recorde de pontuação em seu fechamento, com nova alta de 1,4%, enquanto o Dow Jones avançou 0,98% e o Nasdaq subiu 1,4%.

Apesar das preocupações sanitárias, um estudo sul-africano publicado na revista científica Medrxiv sugere que a ômicron, embora se dissemine em velocidade preocupante, tem chance de hospitalização até 70% menor em relação à variante delta.

Diante disso, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, avalia os últimos dados sobre a Covid-19 antes de decidir se imporá ou não novas restrições. O país bateu, na véspera de Natal, um novo recorde de casos diários da doença confirmados em um dia.

Segundo Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora, a bolsa brasileira acompanhou o otimismo dos mercados internacionais, enquanto luta para terminar o ano acima dos 105 mil pontos.

“Vale destacar o volume muito abaixo da média, o que revela um baixo interesse dos investidores em tomar posição e a irrelevância da sessão no rumo do mercado no curtíssimo prazo”, destacou.

Para Jason Vieira, economista-chefe da Infinity, os investidores já se voltam para as expectativas do próximo ano, em meio aos desafios ainda persistentes por conta da pandemia.

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Em relatório, a Guide ressalta que o crescimento exponencial do número de casos nos EUA e União Europeia ainda sustenta um ambiente de maior cautela.

O dólar comercial recuou 0,42%%, cotado a R$ 5,638 na compra e a R$ 5,639 na venda. Na máxima do dia, porém, a moeda ultrapassou os R$ 5,70, a R$ 5,706, enquanto na mínima esteve a R$ 5,634.

Leia também: Após dólar subir em 2021, o que esperar para o câmbio no próximo ano?

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Ajudou no movimento a alta das commodities, com o petróleo saltando 2,62%, com o WTI, e 3,38% com o tipo Brent.

No mercado de juros, os principais contratos fecharam em queda: DI para janeiro de 2023 recuou 0,01 ponto porcentual para 11,63%; DI para janeiro de 2025 caiu 0,09 pontos-base para 10,56%; e o DI para janeiro de 2027 diminuiu 0,09 pontos-base a 10,47%.

O volume financeiro na B3 somou R$ 15,787 bilhões.

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Altas e baixas da bolsa

O destaque de altas entre as empresas ficou por conta do setor de varejo, com Magazine Luiza (MGLU3) fechando com alta de 9,36%; Via (VIIA3) avançando 8%; Americanas (AMER3) saltando 3,81%, e a Lojas Americanas (LAME4), 3,96%.

Entre os fatores está o fato de a Associação Brasileira de Lojistas de Shopping (Alshop) ter divulgado que as vendas nos centros de compras cresceram, de forma real, 10% no Natal 2021 na comparação com a mesma data do ano passado, somando, em estimativa, R$ 204 bilhões.

Além disso, os dados do boletim Focus, com a revisão para baixo da variação do Índice de Preços para o Consumidor Amplo (IPCA), ajudou as varejistas, assim como empresas do setor de saúde, como a Rede D’Or (RDOR3) e Qualicorp (QUAL3), que fecharam com altas, respectivamente, de 4,83% e 4,92%.

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Outro destaque de alta ficou com a Positivo (POSI3), com alta de 5,37%, após a empresa informar que venceu o processo licitatório para produzir e fornecer urnas eletrônicas ao Tribunal Superior Eleitoral em 2022.

Quedas

Entre as perdas do dia, destaque para as companhias aéreas, após a redução do preço-alvo por parte do Itaú BBA. As ações da Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) recuaram, respectivamente, 2,99% e 2,12%.

Também entre as quedas, estiveram exportadoras de proteínas, como reflexo queda do dólar frente ao real, como Marfrig (MRFG3), -2,02%; BRF (BRFS3), -1,72%; JBS (JBSS3), -0,66%; e Minerva (BEEF3), -0,95%.

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