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Por mais uma semana, o Ibovespa começa sob a pressão dos 100 mil pontos, enquanto o dólar aponta para uma tendência de movimento de alta ao longo dos próximos dias, segundo a visão de analistas técnicos.
Na última semana, na sexta-feira, o Ibovespa (IBOV) fechou com queda de 1,40%, indo aos 101.981 pontos, ao passo que o dólar futuro (DOLFUT) teve alta, de 0,82%, a R$ 5,295.
Hoje, às 10h45, o Ibovespa tem queda de 0,56%, aos 101.410 pontos, enquanto o dólar futuro recua 0,59%, a 5.264.
“Os próximos pregões podem mostrar índice (Ibovespa) para baixo e dólar para cima”, aponta Pam Semezzato, analista técnica da Clear, no Coffee Trader desta segunda-feira [veja ao final do post].
Cabe destacar que a semana será pesada, em termos de eventos econômicos, fora os desdobramentos da crise bancária, que teve agora o capítulo da compra do Credit Suisse pelo UBS.
Ou seja, deve ocorrer muita volatilidade. Entre os principais eventos estão as decisões de política monetária nos EUA, Brasil e Reino Unido.
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“A incerteza nos mercados financeiros, e a incerteza de como e quanto isso pode afetar a economia e a inflação global, torna essas decisões particularmente difíceis. De toda forma, o viés ainda deve ser de alta nos EUA e Reino Unido, e de pausa no Brasil”, aponta a XP, em relatório.
Ademais, nesta semana, o mercado vai acompanhar de perto as discussões sobre a proposta de novo arcabouço fiscal, que deve ser finalmente divulgada, além da publicação da arrecadação federal de fevereiro e do IPCA-15 de março.
Ibovespa última semana: entre 104.152 e 100.692 pontos
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Análise técnica do Ibovespa
Para Pam Semezzato, analisando os gráficos semanal e mensal do Ibovespa, estes seguem nos mesmos padrões, sem rompimentos de topos e fundos anteriores.
Ela pontua que o rompimento dos 102,8 mil é um ponto importante de suporte, já que em seguida aparecem os 100,8 mil e os 98 mil pontos.
“O Ibovespa está em uma região muito complicada e que tende a ser enrolada, o que deve seguir nessa semana, até mostrar um deslocamento para baixo ou para cima”, disse.
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- Confira os principais padrões de reversão de tendência na análise técnica
No entanto, olhando o gráfico diário [veja abaixo], Pam destaca que o Ibovespa vem fazendo topos e fundos descendentes.
“Essa característica não mudou. Ele falhou no rompimento do fundo (na quinta), mas não deu continuidade na alta (na sexta).”
Para ela, dessa forma, a tendência para o Ibovespa, no curtíssimo prazo, segue de baixa.
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Ibovespa de fevereiro a março
Na mesma linha, segue o analista técnico da XP, Gilberto Coelho, reforçando que o Ibovespa está em tendência de baixa pelas médias de 21 e 200 dias, anulando uma breve recuperação da quinta passada.
“O IFR (Índice de Força Relativa) apontou para baixo com volume aumentando na queda, o que pode levar a perda dos 100.000 pontos, projetando teste dos 98.750 ou 96.880 por Fibonacci”, disse ele, em relatório.
Para sinal de retomada altista, Coelho aponta que seria importante o “Ibovespa superar a média de 21 dias e a LTB do triângulo [veja gráfico abaixo].”
Análise técnica Ibovespa
Gustavo Massotti, da Wisir Research, pontuou que o Ibovespa finalizou a quarta semana consecutiva em queda, renovando mínimas de 2023, seguindo caminho aberto para um teste das regiões de suporte nos 100.625, 97.700 pontos.
Dólar
Em relação à moeda americana, Gilberto Coelho da XP destaca que o DOLJ23 (contrato de dólar futuro) fechou em alta na sexta, respeitando a média de 21 dias como suporte, o que favorece novas altas na direção dos 5.353 ou 5.575.
“A tendência de baixa seria retomada com um fechamento abaixo dos 5.232, projetando teste dos 5.130 ou 4.991”, disse, reforçando, porém, que o IFR “apontou para cima reforçando sinal de força compradora”.
Análise técnica dólar futuro
Pam acrescenta que o “dólar, no curtíssimo prazo, está enrolado”, não rompendo nem os 5.140 e nem os 5.270.
“Semana passada teve gap de alta (espaço aberto entre a máxima e a mínima de um candle posterior), mas não foi um bom movimento. Houve uma barra de indecisão, o que não pode ser considerado um bom rompimento”, disse ela.
De acordo com Pam, pela formação do gráfico do dólar, há espaço para alta. “Se hoje (segunda) passar da máxima do candle de sexta, pode ocorrer um movimento de alta, até a região do 5.420”, pontuou.
Dólar futuro variou entre 5.232 e 5.346
Dólar médio prazo
Olhando o médio prazo, Pam destaca que após a forte alta em 2020, o dólar segue extremamente lateral, “sem conseguir mostrar rompimento concreto do suporte de 5.060 ou da resistência de 5.760 pontos.”
Conforme a analista, de agosto de 2022 até agora, a cotação vem afunilando o movimento, “formando topos mais baixos e fundos mais altos, mostrando a relevência da resistência, de 5.420, e do suporte, de 5.060, já que não consegue mostrar rompimento por tanto tempo.”
Análise técnica mini dólar futuro do final de 2019 até agora
Ibovespa pressionado, assim como S&P500
Por fim, em relatório de análise técnica, assinado por Fábio Perina, Lucas Piza e Igor Caixeta, o Itaú BBA destaca que o Ibovespa segue próximo da região de suporte, dos 101.600 pontos.
“Se for perdida essa região, abrirá caminho para mais quedas em direção aos 97.000 e 95.200 pontos.”
Para uma recuperação, os analistas apontam que é preciso o índice superar os 104.200, para iniciar um repique de alta, que poderá se estender até a região de 106.700 pontos.
Ibovespa
Ainda conforme os analistas do BBA, “a pressão segue nos mercados, com os índices americanos em tendência de baixa, marcando uma dobradinha”.
“Tendências de curto e médio prazo, agora, estão em baixa por lá (EUA). Por aqui, o cenário é de queda (Ibovespa), com o índice trabalhando abaixo da sua média móvel (MM) 200 períodos”, acrescentaram.
S&P 500
Para o BBA, o S&P 500 está em tendência de baixa e encontra suportes em 3.865, 3.805 e 3.765 pontos (forte). Do lado da alta, o S&P 500 deixou a resistência em 3.965 pontos e precisará superar os 4.020 pontos para sair da tendência de baixa.
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