Ibovespa em dólares tem 4º pior desempenho no ano desde 2000; veja ranking

Até a última terça-feira (2), o principal índice da Bolsa brasileira acumula uma queda de 20,56%

Felipe Moreira

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Se, no 1º semestre de 2024, o Ibovespa caiu 7,7% em reais, em dólares a queda foi ainda mais brusca, de 19,5%, o pior desempenho dentre os principais mercados globais, com uma forte desvalorização da moeda brasileira, nas mínimas em mais de dois anos.

Em um contexto econômico conturbado e repleto de incertezas, além juros altos e moeda depreciada, o Ibovespa registra um dos piores desempenhos em dólares no acumulado do ano desde o início do século.

No acumulado de 2024 até a última terça-feira (2), o principal índice da Bolsa brasileira acumula uma queda de 20,56%, atingindo o quarto pior resultado anual desde 2000, de acordo com levantamento de Einar Rivero, CEO da Elos Ayta.

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O retorno anual do Ibovespa em dólares até 2 de julho deste ano só não foi pior que o de 2002, com uma queda de 36,40%, que o de 2020, com menos 36,75%, e que o de 2013, com perda de 32,34%. Apesar de ter sido tão forte quanto esses anos, o desempenho de 2024 reflete um cenário de instabilidade e desafios econômicos.

“Os investidores estão atentos às políticas econômicas do governo e às sinalizações do Banco Central sobre possíveis ajustes na taxa de juros”, diz Rivero. Além disso, o cenário internacional, com a política monetária restritiva dos Estados Unidos e a desaceleração do crescimento global, adiciona camadas de complexidade ao ambiente de investimentos.

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Por outro lado, os anos de maior valorização do índice foram: 2009, com salto 63,11%, seguido por 2003, com ganho de 47,90%, e 2016, com alta de 45,68%. Segundo o relatório, esses picos de alta geralmente ocorrem após períodos de crise, sinalizando recuperações robustas.

Rivero aponta que a análise do Ibovespa em termos dolarizados é essencial para investidores estrangeiros. “Essa relação entre a taxa de câmbio e o desempenho do índice é crucial para entender os movimentos de capitais e as decisões de investimento.”