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A valorização de 1,24% do minério de ferro em Dalian, na China, e o noticiário macroeconômico estimularam a alta do Ibovespa nesta terça-feira ( 27). Sendo assim, o principal indicador retomou mais cedo a importante marca psicológica dos 130 mil pontos, e fechou aos 131.689 pontos, com alta de 1,61% e no maior patamar desde o dia oito de janeiro.
Outra fonte de alta do Ibovespa é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo -15 (IPCA-15) de fevereiro de 0,78%, inferior à mediana, de 0,82%, o que já atinge marginalmente para baixo os juros futuros. Em 12 meses, atingiu 4,49%, abaixo da mediana de 4,53%, ante taxa de 4,47% até janeiro. No entanto, segue acima da meta de 3,00% estipulada para 2024.
“O IPCA-15 dá um certo respiro no meio de uma leva de indicadores que não têm sido muito positivos com resultados desfavoráveis. As expectativas para o índice eram elevadas e havia uma justificativa, principalmente por conta da pressão sazonal em Educação, e do carnaval. Ou seja, dois vetores inflacionários, além de um resquício dos efeitos do El Niño”, avalia a economista-chefe da CM Capital, Carla Argenta.
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Porém, apesar do resultado menor do que esperado, Argenta diz que isso não muda a ideia em relação a continuidade de cortes de meio ponto porcentual na Selic à frente. “Não muda o plano de voo do BC, só ratifica os cortes, mas sem colocar limites para o fim do ciclo do juro básico.”
A curva de juros brasileira, porém, teve queda relevante. Os DIs para 2025 perderam cinco pontos-base, a 9,98%, e os para 2027 perderam 12 pontos, a 10%. As taxas dos contratos para 2029 foram a 10,45%, com menos 9,5 pontos, e as dos para 2031, a 10,70%¨, com menos sete pontos. Por conta disso, entre as maiores altas do Ibovespa, ficaram companhias ligadas ao mercado interno.
Na China, por sua vez, há renovadas esperanças de que novas medidas de estímulos sejam anunciadas durante as sessões plenárias anuais do governo chinês, no início de março. As ações ordinárias da Vale (VALE3) ganharam, na esteira da notícia, 2,73%.
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Apesar da elevação do Ibovespa, ele ainda precisa depois reconquistar o nível dos 132 mil pontos e em seguida ir novamente para a marca recorde, perto dos 135 mil pontos, cita Alvaro Bandeira, coordenador de Economia da Apimec Brasil, em relatório. “Mas será difícil.”
Nos Estados Unidos, foi divulgado o índice de confiança do consumidor dos EUA, medido pelo Conference Board, o que tem contribuído para o ânimo do mercado. A confiança do consumidor dos Estados Unidos recuou em fevereiro depois de três aumentos mensais consecutivos, com as famílias preocupadas com o mercado de trabalho e o ambiente político doméstico.
O Conference Board disse que seu índice de confiança do consumidor caiu para 106,7 neste mês, em comparação com os 110,9 de janeiro em dado revisado. Economistas consultados pela Reuters previam que o índice teria sofrido pouca alteração, ficando em 115,0, em comparação com os 114,8 relatados anteriormente. As expectativas de inflação dos consumidores caíram para 5,2%, o nível mais baixo desde março de 2020, de 5,3% em janeiro.
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O índice Dow Jones, mais ligado à economia real, foi o único dos principais a cair em Wall Street, com baixa de 0,25%. S&P 500 e Nasdaq subiram 0,17% e 0,37%, na esteira dos dados macro mais fracos.
Investidores por lá, no entanto, aguardam um relatório crucial sobre a inflação e outros dados econômicos que devem moldar as expectativas de cortes nas taxas de juros do Federal Reserve. O foco do mercado está novamente na trajetória da política monetária do Fed, depois que um frenesi em torno da inteligência artificial (IA) na semana anterior eclipsou preocupações com o atraso nos cortes das taxas e levou o S&P 500 e o Dow Jones a novos picos.
O destaque desta semana será a divulgação do índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE) de janeiro — o indicador de inflação preferido do Fed — na quinta-feira.
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O dólar, principalmente devido ao avanço das commodities, perdeu força frente ao real, com queda de 0,97%, a R$ 4,933 na compra e na venda. Além da influência das commodities, o câmbio no Brasil, de acordo com especialistas, foi impactado por operações que antecedem a divulgação de dados importantes nos EUA, em especial o índice PCE de janeiro, a medida de inflação preferida pelo Federal Reserve, na próxima quinta-feira.
(com Estadão Conteúdo e Reuters)
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