Conteúdo editorial apoiado por

Ibovespa: Do topo histórico à queda anual de 7%; confira até onde a Bolsa pode cair

Queda de 3,93% em novembro reforça viés de baixa no Ibovespa; novos suportes podem ser atingidos

Rodrigo Paz

Publicidade

O Ibovespa enfrenta um cenário de pressão vendedora significativo desde que atingiu seu topo histórico em agosto de 2024, atingindo 137.469 pontos. Desde então, o índice entrou em um movimento de correção consistente, refletindo tanto no curto quanto no médio prazo.

Nesta quinta-feira (28), o Ibovespa fechou em queda de 2,39%, aos 124.610 pontos. Assim, em novembro, a baixa acumulada já é de 3,93%, enquanto o ano de 2024 registra perdas de 7,14%.

Esse movimento de queda recente foi puxado pela decepção do mercado com o pacote de corte de gastos do governo, ao mesmo tempo em que houve um anúncio de renúncias na arrecadação, com a proposta de isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil.

Quanto você precisa para viver de Dividendos?

Participe do treinamento gratuito Manual dos Dividendos e descubra a estratégia simples e poderosa para viver de renda.

Dentro deste contexto, o momento aos traders e aos investidores exige atenção às zonas de suporte estratégico e ao comportamento das médias móveis, que podem ditar o próximo ciclo de mercado.

Tecnicamente falando, os próximos alvos de queda são:

Para entender até onde o preço do Ibovespa pode ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.

Continua depois da publicidade

Análise técnica do Ibovespa

No curto prazo, o Ibovespa tem seguido uma linha de tendência de baixa (LTB) desde que atingiu seu recorde. Após um fundo relevante em 118.870 pontos registrados em junho de 2024, o índice mostrou forte recuperação levando-o a renovação do topo histórico, mas, desde agosto, segue uma trajetória descendente marcada pela perda das médias móveis.

Os últimos dois pregões evidenciaram a pressão vendedora, com a formação de velas expressivas que confirmaram o rompimento das médias. Essa movimentação deixa o índice em uma posição de fragilidade, testando a faixa de suporte em 123.070 pontos. Caso perca essa região, o próximo alvo imediato está em 118.872 pontos, seguido pelos suportes mais longos em 117.070/112.533 e 109.825 pontos.

Para reverter a tendência de curto prazo, o Ibovespa precisará superar as médias móveis, localizadas entre 127.733 e 128.475 pontos. Esse rompimento abriria espaço para buscar os 131.700 pontos e, em sequência, as resistências em 134.391 e o topo histórico em 137.469 pontos.

Continua depois da publicidade

Ibov DFonte: RocketTrader. Gráfico semanal. Elaboração: Rodrigo Paz

Saiba mais:

Análise de médio prazo

No médio prazo, a trajetória do Ibovespa reflete o fim de um ciclo de alta robusto, iniciado no mínimo de 96.996 pontos em 2023. Esse movimento foi marcado por forte entrada de fluxo comprador, que impulsionou o índice a formar topos e fundos ascendentes, operando consistentemente acima das médias móveis.

Continua depois da publicidade

Entretanto, o cenário mudou após o recorde em agosto de 2024. A Correção atual apresenta um padrão de baixa no gráfico semanal, com o índice rompendo as médias móveis, o que aumenta o potencial de continuidade do movimento. A zona de suporte mais relevante neste horizonte está entre 123.070 e 119.645 pontos. A perda dessa região pode desencadear vendas mais intensas, com alvos em 117.000 pontos (média de 200 períodos) e suportes subsequentes em 113.080/109.825 e 105.550 pontos.

Por outro lado, o rompimento das médias móveis em 128.500/130.425 pontos será essencial para reverter a tendência de baixa no prazo médio. Isso pode levar o índice a testar novamente a região do topo histórico em 137.469 pontos. Caso esse patamar seja rompido, o Ibovespa terá espaço para buscar os alvos de longo prazo específicos em 141.000/143.700 e 149.500 pontos.

SSFonte: RocketTrader. Gráfico semanal. Elaboração: Rodrigo Paz

Continua depois da publicidade

Suportes e Resistências do Ibovespa

Suportes:

  1. 123.070 pontos: Suporte imediato e principal zona de defesa no curto prazo. Sua perda pode intensificar o movimento de baixa.
  2. 119.645 pontos: Limite inferior da zona de suporte no prazo médio. Rompido, pode abrir caminho para quedas mais profundas.
  3. 118.872 pontos: Próximo suporte no curto prazo, importante para conter a continuidade do fluxo do vendedor.
  4. 117.000 pontos: Região de média móvel de 200 períodos, suporte de longo prazo com alto impacto técnico.
  5. 113.080 a 109.825 pontos: Zona de suporte intermediário, relevante em caso de perda de níveis acima.
  6. 105.550 pontos: Suporte mais distante no prazo médio, marcando o limite inferior do cenário de baixa.

Resistências:

  1. 127.733 a 128.475 pontos: Resistência técnica formada por médias móveis no curto prazo. Fundamental para indicar reversão de tendência.
  2. 130.425 pontos: Extensão da resistência das médias no médio prazo, marco importante para a retomada do fluxo comprador.
  3. 131.700 pontos: Resistência interessante e primeiro alvo em caso de retomada das altas.
  4. 134.391 pontos: Região prévia ao topo histórico, forte resistência técnica.
  5. 137.469 pontos: Topo histórico alcançado em agosto de 2024, resistência máxima que precisa ser superada para retomada de tendência de alta sustentada.
  6. 141.000 a 143.700 pontos: Alvo projetado de rompimento do topo histórico, marcando um novo patamar de resistência no longo prazo.
  7. 149.500 pontos: Resistência mais longa projetada, queda possível para novas máximas.

(Rodrigo Paz é analista técnico)

Guias de análise técnica:

Confira mais conteúdos sobre análise técnica no IM Trader. Diariamente, o infomoney publica o que esperar dos minicontratos de dólar e índice