Ibovespa deve ter poucas notícias e negociações na última semana de 2011

Segundo analistas, período é de poucos indicadores, aqui e no exterior, e investidores já estão mirando o ano que vem

Renato Rostás

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SÃO PAULO – Os mercados chegam à última semana do ano sem muitas surpresas e com um leve otimismo causado pela fuga da economia norte-americana de uma possível recessão. Mesmo assim, os investidores começam a se preparar para 2012, de olho na Europa e nas possibilidade de se impedir novas rodadas da crise da dívida.

Segundo Jason Vieira, analista da Cruzeiro do Sul Corretora, os esforços para aliviar os problemas na Zona do Euro deverão se intensificar e serem mais coordenados. “O que diferencia 2012 de 2011 é a perspectiva de que os sistemas de ajuda aos países envolvidos na crise evitarão a ruína do Euro e do pacto europeu, mas não necessariamente resolverão os problemas”, afirma.

Nessa expectativa por direções que a economia global vai tomar, o Ibovespa deve continuar com baixa liquidez, e influenciado pela pequena gama de indicadores que serão conhecidos entre 26 e 30 de dezembro. Analistam veem o benchmark apontando um viés de alta, mas não há uma consolidação de que tendência a bolsa tomará.

Agenda semanal
No Brasil, o principal indicador a ser conhecido é a Nota de Política Fiscal, na quinta-feira (29), que divulgará os números consolidados do Governo Central para novembro. A expectativa do Santander é de que o superávit primário tenha chegado a R$ 7,2 bilhões no mês, ou economia de 3,4% do PIB (Produto Interno Bruto). No acumulado do ano, a meta de R$ 91,7 bilhões deve ser cumprida, como já cravou Guido Mantega, ministro da Fazenda.

Entre os dados que serão revelados no front externo, um dos principais é o PMI (Purchasing Managers’ Index) final da China, tanto o oficial – no sábado (31) -, como o do HSBC – na véspera. A projeção é de continuidade para a contração da indústria e de serviços no país, que revelará a desaceleração de sua atividade. O governo chinês, no entanto, acredita que o desaquecimento não tira o crescimento econômico de seus fortes eixos, em declaração dada nesta segunda-feira (26).

Por fim, os Estados Unidos devem mostrar a confiança do consumidor e os preços de imóveis norte-americanos, logo na terça-feira (27). Na quinta, o comunicado fica por conta do PMI de Chicago, uma das principais áreas produtoras dos EUA. Mas o aguardo fica mesmo para a primeira semana de janeiro, quando o Nonfarm Payroll e a taxa de desemprego vão dar sinais de como anda o mercado de trabalho por lá.