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SÃO PAULO – O Ibovespa passou a cair no último pregão de 2014 seguindo a tendência das bolsas norte-americanas e europeias. Os índices nos EUA abriram em queda e não se empolgaram com a melhora na confiança do consumidor, que foi de 92,6 ante 91 no mês anterior, enquanto economistas esperavam uma leitura de 93 para dezembro. Uma melhora na maior economia do mundo preocupa o mercado brasileiro porque pode indicar uma elevação mais cedo nos juros básicos dos EUA pelo Federal Reserve.
Às 14h39 (horário de Brasília), o índice tinha queda de 0,48%, a 50.372 pontos, enquanto o dólar comercial caía 1,63%, a R$ 2,6629.
No caso da moeda norte-americana, esperam-se definições sobre o programa de swap cambial do Banco Central que vigorará a partir de 2015, segundo relatório da Guide Investimentos. O último dia de negociação do câmbio no mês também é mercado pela tradicional disputa da Ptax em que comprados e vendidos em dólar tentam fazer valer as suas posições.
Não perca a oportunidade!
Aqui, a Bolsa repercute medidas anunciadas pelo ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, de aumento nos períodos de carência para diversos benefícios sociais, podendo trazer uma economia de R$ 18 bilhões nas contas públicas. Fora isso, segundo a Folha de S. Paulo, a próxima medida a ser anunciada pelo governo para cumprir a promessa da nova equipe econômica de fazer um superávit de 1,2% do PIB será a volta do tributo sobre combustíveis conhecido como Cide.
Destaques
As ações da Petrobras (PETR3, R$ 9,68, -1,93%; PETR4, R$ 10,12, -1,56%) oscilam entre leves perdas e ganhos em um dia de noticiário movimentado para a companhia. A estatal informou em comunicado irá divulgar seu balanço referente ao terceiro trimestre de 2014 em janeiro. Além disso, a petroleira rompeu contrato com 23 fornecedoras que foram citadas nas investigações da Operação Lava Jato da Polícia Federal.
Entre os destaques do dia estão as ações da Rossi (RSID3, R$ 4,29, +4,38%), que têm novamente a maior alta da sessão. No ano, no entanto, os papéis da incorporadora já caíram mais de 57%. De acordo com o analista técnico da Guide Investimentos, Lauro Vilares, a alta é uma correção frente às fortes quedas que a ação sofreu desde o grupamento realizado no fim de novembro. Como a operação de agrupar ações é usualmente vista como um indício de fraqueza em uma empresa, reflexo de um papel muito barato, os investidores passaram a vender papéis da Rossi, desconfiados da saúde financeira da construtora. Para Lauro, a queda decorrente estaria sendo vista agora como exagerada, o que explica a pressão compradora. “Estamos nos aproximando do topo de R$ 4,60 que a empresa fez em novembro”, lembrou.
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As maiores baixas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
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As maiores altas dentre as ações que compõem o Ibovespa são:
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Confiança nos EUA, PMI na China
As bolsas mundiais têm queda nesta terça-feira (30) com dados da confiança do consumidor nos Estados Unidos e espera pelo Índice Gerente de Compras (PMI na sigla em inglês) industrial da China. Também afeta o desempenho dos mercados hoje as incertezas com relação a eleições na Grécia.
O primeiro-ministro grego Antonis Samaras se encontrará com o presidente Karolos Papoulias para pedir eleições em 25 de janeiro, enquanto o partido de esquerda Syriza lidera as pesquisas de intenções de voto, trazendo preocupações de que o país europeu irá deixar de lado as medidas de austeridade necessárias para receber resgates da chamada troika (Banco Central Europeu, Comissão Europeia e Fundo Monetário Internacional).
O índice de Confiança do Consumidor dos Estados Unidos veio em 92,6 em dezembro, ante 91 em novembro, enquanto economistas consultados pela Reuteres esperavam uma expansão maior até 93. Já o PMI industrial chinês deve consolidar dados de desaceleração, pressionando os preços das commodities, uma vez que o gigante asiático é o maior comprador destes produtos.
O índice Xangai fechou estável com leve queda de 0,06%, a 3.166 pontos, enquanto o petróleo WTI (West Texas Intermediate) continua despencando para níveis próximos aos de maio de 2009, ficando cotado a US$ 53,16 o barril.
(Com agências)