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O Ibovespa fechou em queda de 0,58% nesta sexta-feira (8), aos 115.313 pontos e acumulando um recuo de 2,19% na semana – mais curta e com menor liquidez por conta dos feriados de ontem, no Brasil, Dia da Independência, e de segunda-feira nos Estados Unidos, do dia do Trabalho. O volume negociado hoje ficou bem abaixo da média, em R$ 17,1 bilhões.
Os especialistas explicam que o índice brasileiro repercutiu, majoritariamente, as notícias da véspera, quando a B3 estava fechada. Ontem, o índice Dow Jones Brazil Titans 20 ADR (BR20), que reúne as principais empresas brasileiras com recibos de ações negociados nos Estados Unidos, fechou com perdas 1,72%, com destaque para o peso da Vale (VALE3).
O recuo dos ADRs da mineradora aconteceram em meio ao anúncio da China sobre um aumento na supervisão regulatória do mercado de minério de ferro, a fim de reduzir violações e manter a ordem no mercado. O país vai “prestar muita atenção à dinâmica do mercado de minério de ferro”, afirmou a Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC, na sigla em inglês) em comunicado na sua conta WeChat.
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Hoje, as ações ordinárias da Vale (VALE3) caíram 1,9% na B3 e puxaram o Ibovespa. Os papéis ordinários da CSN (CSNA3) caíram 1,97% e os preferenciais série A da Usiminas (USIM5), 1,30%.
As ações da Petrobras (PETR3;PETR4) também fecharam em baixa hoje.
“O dia da Bolsa hoje foi marcado pela precificação dos movimentos que ocorreram no mercado internacional ontem. A dinâmica internacional trouxe um grande impacto aqui, somado à falta de indicadores de relevância no mercado. Pontos como os dados de desemprego [nos Estados Unidos] e a falta de motivadores otimistas na China empurraram a bolsa brasileira para baixo desde a sua abertura”, comenta Sidney Lima, analista da Ouro Preto Investimentos.
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Em Nova York, os índices fecharam com leves altas. O S&P 500 interrompeu três dias consecutivos de queda e subiu 0,14%, enquanto Dow Jones e Nasdaq ganharam 0,22% e 0,09%, Na semana, contudo, os três acumularam quedas de 0,75%, 1,29% e 1,93%, respectivamente.
Por lá, o temor de que o Federal Reserve possa voltar a subir os juros foi o maior driver dos últimos pregões, pesando sobre os benchmarks. Dados macroeconômicos mais fortes, como o PMI de serviços de agosto, Livro Bege e alta do petróleo foram alguns dos fatores que sustentaram o temor.
O Brent hoje voltou a subir, ainda na esteira dos anúncios de corte de produção da Arábia Saudita e da Rússia. O barril foi a US$ 90,50, com alta de 0,65%.
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“Isso trouxe muito estresse durante a semana. Levou a treasury de 10 anos, por exemplo, a mais de 4,30%. Hoje cedeu um pouco, mas de qualquer forma complicou o cenário de juros”, diz Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master.
“Agora existe a chance do Fed, inclusive, voltar a subir juros em novembro. Os juros longos americanos reagiram a essa perspectiva de petróleo mais elevado. A gasolina tem subido muito nos Estados Unidos e isso pressiona a inflação”.
A curva de juros brasileira, contudo, fechou em leve queda hoje. Os DIs para 2024 perderam três pontos-base, a 12,34%, e os contratos para 2025, 7,5 pontos, a 10,54%. As taxas dos DIs para 2027 recuaram 7,5 pontos, a 10,46%, e as dos contratos para 2029, sete pontos, a 10,97%. Os DIs para 2031 foram a 11,26%, com menos seis pontos.
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“A curva de juros brasileira teve um comportamento um pouco anormal, provavelmente em um movimento especulativo, dada a baixa liquidez”, comenta Thiago Lourenço, operador de renda variável da Manchester Investimentos.
O dólar, por fim, fechou praticamente estável, com leve queda de 0,02%, a R$ 4,982 na compra e a R$ 4,983 na venda.