Bolsa brasileira renova mínimas do ano antes de feriado com preocupações sobre EUA

Investidores mostram preocupações com o momento e a escala dos cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve elevaram os rendimentos dos Treasuries

Equipe InfoMoney

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O Ibovespa tem um novo dia negativo nesta quarta-feira, véspera de feriado, em meio a noticiário local carregado tanto na cena macroeconômica como no campo corporativo e tendo como pano de fundo um cenário externo desfavorável a risco. Às 11h (horário de Brasília), o Ibovespa cedia 0,83%, a 122.753 pontos.

Os ânimos enfrentam cautela e o índice renova mínimas do ano após o pior fechamento do Ibovespa desde novembro de 2023 na última terça-feira, impactado principalmente pelos ativos da Vale (VALE3). Com a baixa de 1,11% no minério de ferro nesta manhã de quarta-feira, os papéis da mineradora mantém a desvalorização na sessão. 

O movimento segue Wall Street, que abriu em baixa nesta quarta-feira, com os investidores avessos ao risco uma vez que as preocupações com o momento e a escala dos cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve elevaram os rendimentos dos Treasuries e pressionaram as ações de megacaps. O Dow Jones caía 0,85%, o S&P 500 recuava 0,64%, enquanto o Nasdaq Composite recuava 0,51%. 

No mercado, há precaução em véspera de feriado de Corpus Christi, amanhã, quando sairá a segunda leitura do PIB dos EUA, além da perspectiva pelos dados de inflação do PCE nos EUA, na sexta-feira, dia de fechamento da última taxa Ptax de maio no mercado cambial.

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No noticiário doméstico, o setor público consolidado registrou um déficit nominal de R$ 69,638 bilhões em abril. Em março, o resultado nominal havia sido deficitário em R$ 62,981 bilhões e, em abril de 2023, o saldo foi negativo em R$ 25,428 bilhões. No ano até abril, o resultado é de déficit de R$ 224,245 bilhões, ou 6,04% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 12 meses, o déficit nominal nas contas consolidadas do País chegou a R$ 1,043 trilhão – em fevereiro deste ano atingiu o pior resultado nesta base de comparação desde 2021, passando a marca de R$ 1 trilhão. Em porcentual do PIB, o resultado de abril ficou em 9,41%. No final do ano passado, o saldo foi deficitário em R$ 967,417 bilhões – 8,91% do PIB.

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Mais cedo, o Banco Central informou também que o setor público teve superávit primário de R$ 6,688 bi em abril, abaixo do piso de R$ 12,4 bilhões em pesquisa do Projeções Broadcast (mediana R$ 16,55 bilhões; teto R$ 37,2 bilhões). A dívida bruta do governo geral ficou em 76,0% do PIB em abril (75,7% em março), enquanto a dívida líquida ficou em 61,2% do PIB em abril (61,1% em março).


A taxa de desocupação no Brasil ficou em 7,5% no trimestre encerrado em abril, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado ficou abaixo do piso das estimativas de analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que iam de 7,6% a 8,2%, com mediana em 7,7%.

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Já o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,89% em maio, após alta de 0,31% em abril, informou há pouco a Fundação Getulio Vargas (FGV). O resultado do IGP-M veio acima da mediana de 0,82% das projeções (0,34% a 1,03%). O indicador caiu 0,34% nos últimos 12 meses. No ano, o índice acumula alta de 0,28%. O Índice de Confiança de Serviços (ICS) caiu 0,6 ponto em maio, a 94,2 pontos, na série com ajuste sazonal, segundo a FGV. O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) caiu 4,0 pontos em maio, a 91,5 pontos, na série com ajuste sazonal. Com o resultado de hoje, a média móvel trimestral do índice subiu 0,7 ponto.


O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), Paulo Teixeira, anunciará nesta quarta-feira medidas para reconstrução da agricultura familiar do Rio Grande do Sul, informou a pasta em nota. 

 

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(com Estadão Conteúdo e Reuters)