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Ibovespa avança 1,87%, seguindo exterior após resultados corporativos; dólar cai 0,91%

Bancos americanos têm trazido números melhores do que o esperado e crise no Reino Unido continua a perder força

Vitor Azevedo

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O Ibovespa fechou em alta de 1,87% nesta terça-feira (18), aos 115.743 pontos. O principal índice da Bolsa brasileira avançou, em grande parte, seguindo o desempenho dos benchmarks americanos.

Em Nova York, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq subiram, respectivamente, 1,12%, 1,14% e 0,90%.

“Com a agenda relativamente vazia  nesta terça, os resultados dos grandes bancos americanos, melhores do que o esperado em sua maioria, parecem ter animado os mercados no curto prazo”, afirma Leandro De Checchi, analista da Clear Corretora.

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Hoje, o Goldman Sachs divulgou seus resultados do terceiro trimestre e, apesar do lucro ter recuado na base anual, ele ainda foi maior do que a projeção do mercado. Segundo analistas, a visão é de que as instituições financeiras da principal economia do mundo estão, então, “longe do fundo do poço“.

“Os resultados bons animam os investidores e afastaram um pouco o temor de recessão, que vinha causando forte volatilidade nos mercados”, acrescenta Marcelo Oliveira, fundador da Quantzed.

Outro fator que se repete nos últimos dias, e que vem trazendo ânimo para os investidores, é a mudança de direção do governo da nova primeira-ministra britânica, Liz Truss – ela, hoje, pediu desculpas publicamente pelo fracasso do seu plano fiscal baseado em um corte de impostos, que desencadeou uma crise de confiança no país.

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Com o resultado dos bancos e a melhora no cenário internacional, os treasuries yields caíram levemente. O para dez anos fechou negociado a uma taxa de 4%, com menos 1,5 ponto-base do que na véspera, e o para dois anos foi a 4,433%, com menos 2,3 pontos.

O DXY, índice que mede a força do dólar frente a outras moedas, hoje fechou estável aos 112,07 pontos. Frente ao real, porém, a moeda americana perdeu 0,91%, a R$ 5,254 na compra e a R$ 5,255 na venda.

A curva de juros brasileira também caiu em bloco. Os DIs para 2023 ficaram estáveis, negociados a 13,67%, mas o rendimento do contrato para 2025 perdeu 3,5 pontos-base, a 11,60%. Os DIs para 2027 e 2029 perderam, ambos, quatro pontos, a 11,44% e 11,59%. Os DIs para 2031 recuaram cinco pontos, a 11,66%.

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“Os juros futuros recuam, alinhados ao exterior, e com a queda no preço das commodities podendo trazer algum alívio na pressão inflacionária global, o que favorece os ativos de risco”, contextualiza De Checchi.

Com o Brasil tendo saído na frente no processo de ciclo de alta dos juros mundial, e possivelmente iniciando um ciclo de queda no próxima, uma crise menor e menores preços acabam por impulsionar, ainda mais, os ativos brasileiros.

O preço do barril de petróleo Brent fechou em queda de 1,52%, a US$ 90,23, na esteira do anúncio de que o governo americano estuda a liberação de reservas para controlar o preço da commodity. Já o minério de ferro negociado no porto de Dalian recuou 0,36%, a US$ 95,42 a tonelada.

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“Mesmo com recuo das commodities, as ações da Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) mantiveram-se em território positivo junto com os bancos e sustentaram o Ibovespa em alta”, diz o especialista da Clear.

André Luzbel, head de renda variável da SVN Investimentos, menciona que a prévia da Vale agradou – e que a mineradora, junto dos bancos (que acompanham o movimento de seus pares americanos), ajudaram a puxar o Ibovespa.

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