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O Ibovespa fechou em alta de 1,08% nesta sexta-feira (4), aos 118.155 pontos, acumulando ainda um avanço de 3,16% na semana, marcada pelos desdobramentos pós-eleição.
A semana, que foi mais curta por conta de um feriado na quarta, foi intensa: contou com o primeiro pregão após a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o seu terceiro mandato e, posteriormente, protestos e bloqueio – o risco político, contudo, foi se dissipando durante os últimos dias. Além disso, segue a expectativa pela definição da equipe econômica do presidente eleito.
Já nesta data, o principal índice da Bolsa brasileira acompanhou, em grande parte, o movimento visto no exterior, em um dia de rali generalizado.
Em Nova York, Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq subiram, respectivamente, 1,26%, 1,36% e 1,28%.
“Acho que, em termos de calendário, tivemos um fato que teve grande repercussão e foi efetivo para o mercado lá fora, que foi a questão do Payroll”, explica Bruno Madruga, head de renda variável da Monte Bravo Investimentos. “O detalhe da publicação que o mercado gostou foi a informação de que a taxa de desemprego aumentou”.
Apesar de o relatório trazer que foram criadas 261 mil vagas em outubro, acima das 200 mil esperadas, ele trouxe também que a taxa de desemprego saiu de 3,5% no mês anterior para 3,7%, além dos 3,6% do consenso.
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“Isso pode fazer o Federal Reserve, nos próximos períodos, a desacelerar suas altas de juros, talvez com uma alta de 50 pontos-base”, complementa o especialista da Monte Bravo.
Com a publicação, os treasuries yields para dois anos perderam 4,1 pontos-base, a 4,66%. Os para dez anos, contudo, ganharam 4,7 pontos, a 4,171%. O VIX, considerado o “índice do medo”, recuou 2,96%, aos 24,55 pontos.
“A menor aversão ao risco também derrubou o dólar mundo afora, o que acaba sendo positivo para todo o mercado, levando entrada de capital às bolsas”, acrescenta Madruga.
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O DXY, que mede a força da moeda americana frente a outras divisas de países desenvolvidos, recuou 1,94%, aos 110.74 pontos. Frente ao real, o dólar perdeu 1,24% nesta sexta-feira, fechando a semana com queda de 4,5%, negociado a R$ 5,061 na compra e a R$ 5,062 na venda.
As notícias positivas também vieram de outros cantos do planeta e ajudaram a impulsionar o Ibovespa e a fortalecer a moeda brasileira.
“Dados internacionais envolvendo a China também trouxeram alívio para o mercado”, expõe André Rolha, diretor de produtos da Venice Investimentos. “Alguns políticos chineses disseram que, nas próximas semanas, o país deve normalizar sua economia, reduzindo as restrições por conta da política da Covid Zero”, acrescenta Gabriel Maksoud, CEO da DOM Investimentos.
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Com isso, o preço das commodities avançaram – e o Brasil é um grande exportador destes produtos.
A tonelada do minério de ferro negocia em Dalian teve alta de 4,9%, a US$ 91,35, fazendo as ações preferenciais série A da Usiminas (USIM5), com valorização de 7,65%, e as ordinárias da Vale (VALE3), com alta de 7,59%, serem destaque entre as altas do Ibovespa.
O barril de petróleo Brent, por sua vez, subiu 4,15%, a US$ 98 – as ordinárias da 3R Petroleum (RRRP3) ganharam 7,16% e as da PetroRio (PRIO3), 2,48%.
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A ordinárias e preferenciais da Petrobras (PETR3;PETR4), contudo, seguraram uma alta maior do índice, caind0 5,23% e 5,51%.
“A Petrobras ficou do lado negativo do Ibovespa. Apesar da alta do petróleo, a companhia recua com os rumores de judicialização dos dividendos“, explica Madruga.