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Após abrir aos 124.650,92 pontos, o Ibovespa segue renovando máxima na faixa dos 126 mil pontos na manhã desta sexta-feira, 26. A alta na carteira é quase generalizada. Perto das 11 horas, só uma ação cedia, de um total de 86. Assim, o principal indicador já sobe cerca de 1,00% na semana, evitando, por ora, registrar um quarto recuo semanal.
Ações mais sensíveis ao ciclo econômico são destaque de alta, dados os sinais de arrefecimento da inflação brasileira e de algum alívio na dos EUA. Os juros futuros e o dólar à vista têm quedas consistentes, seguindo os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA, que caem com um pouco menos de ímpeto.
Após a cautela da véspera nos mercados, a sexta-feira é de alívio, mas o quadro ainda requer cautela, avalia Rodrigo Ashikawa, economista da Principal Claritas.
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“Ontem, mesmo o PIB do primeiro trimestre americano com uma alta menor do que a esperada, indicava um consumo forte, e mostrava um primeiro cheiro para cima na inflação do país. Só que hoje o PCE mensal veio dentro do esperado. Claro que ainda mostra uma inflação elevada e pressionada nos EUA, não muda o pano de fundo da preocupações, mas pelo menos tem essa descompressão nos ativos”, avalia Ashikawa.
Nesta sexta, saiu nos EUA o índice de preços de gastos com consumo, o PCE, do país de março, que ficou em 0,3%. O número veio em linha com a previsão de analistas.
No Brasil, após a divulgação do IPCA-15 abaixo da mediana do mercado, vários departamentos econômicos passaram a reduzir suas projeções para o dado fechado de abril, com muitos salientando que há espaço para corte da Selic de meio ponto porcentual no Copom de maio, como é o caso da B. Side Investimentos. “Dá pra pensar em corte de 0,50 ponto da Selic por conta da inflação, mas temos de acompanha o fiscal e o quadro externo”, disse a economista-chefe da B. Side, Helena Veronese.
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O IPCA-15 desacelerou 0,21% em abril, ante 0,36%, em março, aquém da mediana das estimativas de 0,29%. Após a divulgação do IPCA-15, a Ativa Investimentos reduziu sua projeção para a taxa de inflação fechada de abril. “Preliminarmente, e considerando apenas a variação dos subitens cujos movimentos se repetem do IPCA-15 para o índice fechado, revisamos nossa projeção do IPCA de abril de 0,36% para 0,32%”, cita em nota o economista-chefe Étore Sanchez.
Luan Alves, analista chefe da VG Research, diz que sua projeção é que a inflação em 2024 fique dentro do intervalo de convergência do Banco Central e que a política de juros possa encontrar a taxa terminal Selic de 9,5%.
“A divulgação da prévia da inflação no Brasil foi positiva, com dado melhor do que apontavam as expectativas. O qualitativo do índice também foi bom. A média dos núcleos de inflação veio abaixo do esperado e houve também uma melhora para a inflação de serviços. Ainda que os indicadores, quando analisado a partir de medidas mais longas tenha componentes pressionados, como serviços que estão acima do teto da meta em 12 meses, o dado reforça a tese de um corte de juro de 50b ps na próxima reunião. Ainda assim, o BC terá de lidar com as pressões vindas do câmbio, que teve uma alta, o que deve fazer com que o ciclo tenha que ser encerrado a um patamar de Selic mais alto”, avalia Luca Mercadante, economista da Rio Bravo.
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A agenda corporativa também é destaque na B3, com os balanços da Cielo e da Multiplan, além do foco nas blue chips do setor de commodities.
Os papéis da Vale sobem, após o recuo recuo da véspera após o balanço trimestral considerado fraco e em meio à oferta feita pela BHP à Anglo American, proposta essa que foi rejeitada pela gigante de mineração. Hoje, em Dalian, na China, o minério de ferro subiu apenas 0,06%, a US$ 122,17 a tonelada.
Os papéis da Petrobras também avançam ainda em reação à aprovação, ontem, de parte dos dividendos extras retidos pela empresa e à informação de que o pagamento do restante dos recursos ocorrerá no segundo semestre.
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Ontem, o Índice Bovespa fechou com queda de 0,08%, aos 124.645,58 pontos. Às 11h06, subia 1,26%, aos 126.212,76 pontos, ante avanço de 1,47%, na máxima aos 126.475,49 pontos. Só Cielo ON (-0,54%) caía.
(com Estadão Conteúdo)
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