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Ibovespa abre semana sob ameaça de proximidade dos 100 mil pontos, aponta análise técnica

Repique altista do Ibovespa na semana viria com atingimento da região dos 105 mil pontos, mas tendência ainda segue de baixa

Rodrigo Petry

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O Ibovespa encerrou a semana passada devolvendo praticamente todos os ganhos obtidos em meio ao cenário de aversão os risco por conta da quebra do banco SVB, terminando aos 103.618 pontos.

A Bolsa brasileira chegou a testar os 106,7 mil pontos, após começar a semana pressionado, na região de suporte dos 103 mi pontos, conforme trouxe o InfoMoney.

Nesta semana, o cenário é semelhante, com o Ibovespa novamente sob ameaça da proximidade dos 100 mil pontos.

Ibovespa: veja o desenho da semana passada

Fonte: Clear Trader

Para a analista técnica da Clear, Pam Semezzato, na semana passada, o Ibovespa fechou bem próximo das mínimas da lateralização e mostrando muita briga, “já que deixou um grande pavio superior”.

“Por ser região de suporte forte, ainda espero por reação compradora para testar região de máxima da lateralização, e mesmo se romper esse suporte de 102.800 pontos, ainda não seria reversão de tendência de médio prazo”, avaliou.

Conforme ela, o fundo mais relevante da lateralização de médio prazo está na região de 94.000 pontos e, caso seja rompido, “aí sim podemos esperar por um movimento mais forte de queda.”

Análise técnica: tendência baixista

Conforme relatório de análise técnica da XP, o Ibovespa está em tendência de baixa e fechou com nova queda após teste da média de 21 dias como resistência.

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“Uma perda dos 103.100 favorecerá projeções em 101.000 ou 98.800. O IFR (índice de força relativa) aponta para baixo reforçando o sinal de quedas”, destaca Gilberto Coelho.

Segundo ele, um sinal de repique altista viria com um fechamento acima dos 105.075 pontos.

Fonte: Relatório de análise técnica da XP

Para Rodrigo Paz, analista técnico do PagBank, no curto prazo, é possível observar que o Ibovespa formou um fundo na região dos 103.000 pontos na última semana, “após isso buscou a região de média e voltou ao movimento principal de baixa”.

“Caso haja rompimento da faixa dos 103.000 pontos, abre espaço para buscar os 101.600/ 100.000 pontos, região candidata a repique no curto prazo, com próximo suporte relevante na faixa dos 95.250 pontos”, aponta.

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Segundo ele, eventual recuperação compradora objetivaria a faixa da média de 200 períodos nos 108.500, com próximo alvo nos 114.300 pontos.

Ibovespa de julho/22 a março/23

Fonte: ProfitChart. Elaboração Rodrigo Paz

Médio prazo

Na visão de médio prazo, olhando pelo gráfico semanal [veja abaixo], ele diz que o ativo segue com potencial para continuidade baixista.

“Diante desse cenário, a expectativa fica na zona de suporte nos 100.000 pontos, onde se encontra um forte suporte psicológico, e é uma região onde pode haver repique comprador no curto prazo.”

De acordo com ele, a perda dessa faixa de preços, pode ocasionar baixas mais fortes no ativo.

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Enquanto isso, as principais faixas de resistência estão na região dos 107.650 pontos e nos 114.300 pontos.

Ibovespa de novembro/20 a março/23

Fonte: ProfitChart. Elaboração Rodrigo Paz

Por fim, para a Wisir Research, o índice segue em tendência de queda e a perda dos 103.104 deixa caminho aberto para um teste dos 101.630 – 100.000 pontos.

“Já, na mão contrária, um repique de alta têm como projeções os 105.500106.720 pontos”, destaca, acrescentando que os suportes imediatos são em 103.104, 101.630 e 100.000 pontos.

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Rodrigo Petry

Coordenador de Projetos Editoriais. Atuou como editor de mercados e investimentos no InfoMoney, liderando o Ao Vivo da Bolsa e o IM Trader. Antes, foi editor-chefe do portal euqueroinvestir, repórter do Broadcast (Grupo Estado) e revista Capital Aberto. Também foi Gestor de Relações com a Mídia do ex-Grupo Máquina e assessor parlamentar.