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SÃO PAULO – A sexta-feira (14) foi agitada no mercado acionário, com os investidores repercutindo a pesquisa XP/Ipespe mostrando um aumento nas intenções de voto e uma queda na rejeição de Jair Bolsonaro, ao mesmo tempo em que o candidato do PT, Fernando Haddad, chegou aos dois dígitos na preferência do eleitor, com 10% dos votos. Os investidores ainda aguardam pelo Datafolha, que será revelado na noite desta sexta.
De olho nas pesquisas, estatais como Petrobras (PETR3;PETR4) registraram leve alta; por outro lado, os papéis da Eletrobras (ELET3;ELET6) fecharam em expressiva queda. Enquanto isso, a Via Varejo (VVAR11), que abriu em expressiva alta seguindo o movimento da véspera em meio à “transformação digital” que a companhia está passando (veja mais sobre a varejista clicando aqui), virou para baixo. Já empresas farmacêuticas, como Hypera (HYPE3) e RD (RADL3) fecharam em forte alta. Na semana, mesmo com a queda de sexta, o destaque de alta ficou com a Via Varejo, enquanto a maior baixa do período ficou com a Smiles (SMLS3).
Confira mais destaques da B3 abaixo:
Vale (VALE3)
A Vale subiu forte acompanhando o movimento do minério de ferro nesta sessão. O minério Qingdao registrou nova alta de 0,5%, a US$ 69,60 a tonelada. As ações da Bradespar (BRAP4) tiveram alta ainda mais expressiva. Nesta sessão, os analistas do Itaú BBA recomendação uma operação “long and short”, com compra de BRAP4 e venda de Vale tendo em vista: o desconto maior que o histórico entre as ações, o anúncio de um acordo extrajudicial entre Litel, Bradespar e Elétron seria um estímulo positivo para as ações da Bradespar e o ponto técnico favorável.
Hypera (HYPE3) e RD (RADL3)
As ações da Hypera subiram forte após rumores de que a EMS, líder no mercado farmacêutico, vem se movimentando para fazer uma oferta pela empresa. Na esteira desse movimento, a RD também fechou em forte alta.
Petrobras (PETR3; PETR4)
O BTG Pactual planeja manter sua participação de 50% na PetroAfrica e não pretende mais acompanhar a sócia Petrobras na venda do ativo, segundo informações do jornal Valor Econômico. A trading Vitol está negociando a compra e avaliou o negócio em US$ 2,6 bilhões, conforme o jornal apurou com fontes envolvidas nas conversas.
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No fim do ano passado, Petrobras e BTG Pactual iniciaram um processo formal de venda conjunta, com a expectativa de obter não menos do que US$ 3 bilhões pela totalidade do ativo, então pouco mais de R$ 10 bilhões.
- Para o time de análise da XP Research, a notícia é positiva para a Petrobras e sinaliza a continuidade de seu plano de venda de ativos em 2017 e 2018, que alcançaria US$ 6,4 bilhões, ou 30% de avanço da meta de US$ 21 bilhões.
- Ainda no radar da estatal, o ministro da Fazenda, Eduarda Guardia, afirmou ontem que o próximo governo vai precisar adotar “soluções estruturais” para lidar com a variação do preço do diesel. Ao comentar o fim do subsídio do combustível, concedido até 31 de dezembro para encerrar a greve dos caminhoneiros, o ministro sugeriu “repensar o monopólio do refino”. Guardia ainda disse que a sugestão tem aval da própria Petrobras, que domina o segmento do país.
Suzano (SUZB3) e Fibria (FIBR3)
Acionistas da Suzano e da Fibria aprovaram na quinta-feira em assembleias gerais extraordinárias, a proposta de fusão anunciada por ambas em março, que criou a maior produtora de celulose do mundo. Os acionistas da Fibria aceitaram a oferta da Suzano, em dinheiro e ações e avaliada na época em R$ 35 bilhões. A união das duas tem sinergias esperadas de R$ 12 bilhões.
Pelo preço de fechamento das ações na quarta-feira, o valor de mercado combinado das companhias é de cerca de R$ 100 bilhões, o que coloca o conglomerado entre as 10 maiores empresas listadas na Bolsa. A conclusão da operação ainda está sujeita à aprovação de autoridades de concorrência do Brasil e do exterior.
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Os analistas do Bradesco BBI estão otimistas com a fusão cada vez mais próxima e espera que o negócio seja concluído no primeiro trimestre de 2019. O banco tem recomendação de compra para as ações da Suzano, com preço-alvo de R$ 72, o que implica potencial de valorização de 39% em relação ao último pregão.
- Já o time de análise da XP Research espera que a transação seja concluída até o fim do ano. Os analistas também reiteraram nossa recomendação de compra, com preço alvo de R$ 70, potencial de alta de 35,2%.
Anima Educação (ANIM3)
O conselho de administração da Anima Educação aprovou o lançamento de um novo programa de compra de até 2,443 milhões de ações ordinárias, além de ter encerrado antecipadamente o programa de recompra anterior. O conselho também autorizou o cancelamento de 2,388 milhões de papéis em tesouraria, mantendo uma reserva de 900 mil papéis.
O prazo máximo para a aquisição de ações dentro do novo programa de recompra é de 12 meses. A soma das ações em reserva e das ações a serem adquiridas no novo programa vai representar 10% do total das ações em circulação da empresa, disse a Anima.
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Banco do Brasil (BBAS3)
- O Banco do Brasil propôs mudanças na gestão, governança e no modelo de custeio da Cassi, operadora de saúde que atende aos funcionários do banco e seus dependentes. Caso a proposta seja aprovada pelos colaboradores, eles contribuirão ao plano com 4% de seus rendimentos e o banco arcará com 80% dos custos de dependentes.
- Os analistas da XP Research destacam que o valor do benefício adicional é estimado em R$ 365 milhões em 2018 (incluindo taxa de administração), sem impactar o guidance para o ano e atingirá R$ 600 milhões em 2019. Após 2021, a taxa de administração deixará de ser paga e o banco arcará com 70% dos benefícios de dependentes.
Multiplus (MPLU3)
O Itaú BBA mantém posição neutra para os papéis de Multiplus, mas elevou o preço-alvo de R$ para R$ 27,22 por ação para o final de 2019, conforme relatório enviado a clientes. O preço implica em um potencial de valorização de 9,4%, o que parece, na opinião dos analistas, um retorno atrativo dado o caixa livre de risco de 6,25% “ao menos que a oferta demore demais”.
Magazine Luiza (MGLU3) e Via Varejo (VVAR11)
A Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do IBGE para julho, divulgada ontem, apresentou números negativos para as categorias de moda e vestuário, aparelhos eletrodomésticos e móveis. Segundo os analistas do Brasil Plural, o cenário macroeconômico persistentemente fraco no Brasil dificulta os resultados para todas as categorias, com os clientes adotando uma abordagem mais conservadora em relação às suas finanças.
O cenário político incerto somado à alta taxa de desemprego reduz as expectativas de renda do brasileiro médio, fazendo com que ele adie ou até deixe de realizar compras de caráter mais impulsivo ou discricionário. “Isso afeta os varejistas da hardline, como Magazine Luiza e Via Varejo, assim como os varejistas de moda. Com um crescimento de receita mais limitado no próximo trimestre, o cenário só deve melhorar no 4º trimestre deste ano, principalmente após os resultados das eleições presidenciais”, destacam os analistas em relatório.
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Eletrobras (ELET3;ELET6)
A empresa está considerando adiar o leilão de privatização da Amazonas-D. De acordo com o site Canal Energia, o adiamento está sendo considerado devido a não aprovação do projeto de lei que equaliza os custos da energia adquirida pela Amazonas-D.
Segundo os analistas do Brasil Plural, a notícia é negativa para a ação, principalmente se considerado o Amazonas-D como o caso mais desafiador entre as empresas de distribuição da Eletrobras. “No entanto, considerando que estamos atravessando o período marcado pelas eleições, não vemos esse adiamento como uma verdadeira surpresa e um novo leilão deve ser agendado em breve”, avaliam.
Equatorial Energia (EQTL3)
A Equatorial Energia anunciou emissões de até R$ 1,43 bilhão em títulos.
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Eztec (EZTC3)
A Eztec anunciou empreendimento residencial de R$ 106 milhões em São Paulo.
Marfrig (MRFG3)
A Marfrig anunciou em fato relevante nesta manhã que o Conselho de Administração da Companhia aprovou a utilização de capital disponível para a aquisição, em uma única operação ou em uma série de operações, de até 12 milhões de ações ordinárias, nominativas, escriturais e sem valor nominal, de emissão da companhia, de acordo com o plano de recompra de ações da empresa.
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