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LONDRES, 14 Fev (Reuters) – O lucro da cervejaria holandesa Heineken em 2024 pode cair significativamente abaixo das estimativas dos analistas devido à volatilidade geopolítica e econômica, disse a empresa nesta quarta-feira, o que causava uma queda em suas ações.
Em média, os analistas esperam que a segunda maior cervejaria do mundo apresente um crescimento orgânico de 9,9% no lucro operacional, ajudada por redução de custos em relação ao alto nível do ano passado. A Heineken, no entanto, disse que o crescimento pode ficar entre um percentual de um dígito baixo e alto, dado o ambiente global volátil.
A companhia já havia alertado que condições econômicas difíceis poderiam pesar sobre a demanda em alguns mercados este ano.
“Continuamos cautelosos em relação às perspectivas econômicas e geopolíticas globais”, disse o presidente-executivo, Dolf van den Brink, no balanço da Heineken, acrescentando que a companhia pretende impulsionar a receita por meio de um equilíbrio entre volumes e preços.
Os fabricantes de cerveja elevaram significativamente os preços ao longo de 2023 alegando necessidade de compensar aumentos de custos que afirmaram serem acentuados. Os reajustes prejudicaram os volumes de vendas.
Os volumes da Heineken caíram 4,7% organicamente em 2023, sendo que mais de 60% da queda foi gerada por recuos no Vietnã e na Nigéria, dois mercados importantes para o grupo, onde as condições econômicas e políticas prejudicaram as vendas.
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Às 09:14, (horário de Brasília), as ações da Heineken recuavam 4,8%.
BRASIL
A Heineken afirmou que as vendas de cerveja em volume no Brasil cresceram e ajudaram a compensar declínio nos Estados Unidos e México. A receita no país no ano passado subiu dois dígitos, impulsionada por altas de preços, foco em produtos “premium” e crescimento do volume.
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A companhia afirmou que ativos tributários diferidos no valor de 661 milhões de euros que ainda não tinham sido reconhecidos no Brasil ajudaram a minimizar alta de despesas no lucro operacional.
Para este ano, a Heineken afirmou que espera um índice de imposto efetivo no Brasil de cerca de 29% ante 26,8% em 2023, “principalmente por causa de mudanças na legislação tributária”.