Hapvida (HAPV3) vende dez imóveis para família controladora por R$ 1,25 bi e anuncia potencial oferta de ações

No âmbito do potencial follow-on, a Família Pinheiro, na qualidade de acionista controladora da HapVida, se comprometeu a exercer seu direito de prioridade

Equipe InfoMoney

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A Hapvida (HAPV3) informou que celebrou na segunda-feira, 27, o instrumento vinculante para operação de sale and leaseback (SLB) de dez imóveis de propriedade de suas controladas, no valor de R$ 1,25 bilhão, com um veículo de investimento da Família Pinheiro (LPAR), controladora da companhia.

A conclusão do SLB deverá ocorrer até 28 de abril. Segundo a Hapvida, a transação está em linha com a estratégia da companhia, de ser mais “asset light”. A totalidade dos imóveis vem de entidades que foram adquiridas pela companhia desde a sua abertura de capital (IPO), explicou a empresa em fato relevante.

A LPAR venceu seis propostas apresentadas, todas apreciadas pelo Comitê de Finanças, Mercado de Capitais e M&A, pelo Comitê de Auditoria, Riscos, Controles Internos e Compliance e aprovado pelo Conselho de Administração da Hapvida.

A companhia informou ainda que engajou os bancos BofA, UBS BB, BTG Pactual e Itaú BBA, bem como suas respectivas afiliadas no exterior e seus assessores legais, a fim de analisar a viabilidade e estruturar uma potencial oferta pública subsequente de ações ordinárias de emissão da companhia, integralmente primária, a ser realizada no limite de seu capital autorizado, correspondente a 395.207.520 ações.

No âmbito do potencial follow-on, a Família Pinheiro, na qualidade de acionista controladora da HapVida, se comprometeu a exercer seu direito de prioridade, subscrevendo ações a serem emitidas no valor de R$ 360 milhões.

“O SLB e o potencial Follow-on, com a expressiva participação da Família Pinheiro, demonstram o comprometimento da Companhia e a convicção dos controladores e atuais administradores da Hapvida na resiliência do seu modelo de negócios. Essa postura da administração evidencia, também, sua visão conservadora em relação à liquidez e endividamento da Companhia. Essas duas captações estão inseridas no contexto, já informado pela Companhia no dia 8 de março de 2023, com o objetivo de otimizar e fortalecer a sua estrutura de capital”, diz o fato relevante da empresa.

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A realização do potencial follow-on está condicionada, dentre outros fatores, a condições favoráveis de mercado e aprovações pelos órgãos societários e, portanto, nesta data, não está sendo realizada qualquer oferta pública de distribuição de ações ou de quaisquer outros valores mobiliários de emissão da companhia em qualquer jurisdição.

Segundo o Morgan Stanley, a venda dos imóveis para a família controladora e um potencial aumento de capital de  cerca de R$ 1 bilhão devem cobrir as preocupações do mercado sobre a estrutura de capital, potencialmente trazendo um piso para o preço das ações e abrindo as portas novamente para uma possível opcionalidade de M&A [fusões e aquisições]. No acumulado de março, as ações já caem 50%.

(com Estadão Conteúdo)