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A gigante de planos de saúde Hapvida (HAPV3), cujas ações despencaram 11% na véspera, afirmou que as propostas apresentadas pela ANS são preliminares e ainda passarão por contribuições de todos os participantes do mercado e da sociedade durante o período de consulta pública, que começa em 19 de dezembro. “Após esse período, e somente se forem aprovadas e detalhadas, a ANS poderá elaborar os normativos relacionados”, completa.
A ANS divulgou no final da tarde de segunda-feira o resultado de estudos relacionados à implementação de uma nova política de preços e reajustes para os planos de saúde, em um momento em que o setor tem se mostrado em evidência após o assassinato a tiros de um executivo do segmento em Nova York.
A companhia avalia que a utilização de um agrupamento maior do pool de risco poderá ter um efeito contrário ao pretendido. Para a Hapvida, ao impor um reajuste acima do necessário, aqueles contratos com mais vidas que hoje não estão no pool de risco terão, necessariamente, que sofrer um reajuste mais elevado a fim de compensar os contratos com menos vidas.
Segundo comunicado, os planos que compõem atualmente o pool de risco (até 29 vidas) são muito mais vulneráveis à seleção adversa e, portanto, precisam ter esse custo maior repassado aos preços dos produtos de maneira a manter o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos.
A empresa também considera que o setor já adota mecanismos de regulação efetivos e que limites arbitrários podem impactar a acessibilidade dos planos.
Nesse sentido, conforme a Hapvida, a regulação deveria estabelecer os princípios a serem observados, mas sem estabelecer um teto. “O limite da exposição financeira do beneficiário deveria ser objeto da livre concorrência no mercado entre os produtos propostos pelas diversas operadoras”, acrescenta a companhia.