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As ações da Hapvida (HAPV3) liderou as altas do Ibovespa no pregão desta segunda feita, com valorização de 6,49%, a R$ 3,94, estando também entre as mais negociadas da sessão.
Na noite de quinta-feira (28), antes do feriado, a Hapvida (HAPV3) divulgou um lucro líquido ajustado de R$ 330,5 milhões no quarto trimestre, uma alta de 104,8% na comparação ano a ano. O Ebitda ajustado, por sua vez, cresceu 58,6%, para R$ 949,7 milhões.
Se para alguns analistas os dados vieram fortes como esperado, para outros os números representaram foram “uma grata surpresa”.
HAPV3: Análise do balanço
O esforço da companhia na recuperação de margem bruta por meio de ajuste de preços foi destaque para o Morgan Stanley. Os dados reforçam a tese de investimento para o nome. O desempenho demonstrou que a Hapvida entrou em trajetória para recuperação de lucros, de acordo com o banco.
A análise ressaltou, ainda, que o maior controle nas reclamações individuais fizeram com que a sinistralidade baixasse. A métrica segue suscetível à pressões sobre o sistema de saúde como um todo, destaca o Morgan, mas a Hapvida tem se integrado e verticalizado.
Nesse sentido, acrescenta o Morgan, a companhia segue como top pick, com recomendação Overweight (exposição superior à média do mercado, similar à compra) e preço alvo em R$ 6,00.
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Tendências positivas
A XP analisou os resultados como positivos mas “amplamente esperados”. Dentre os destaques, o Research da corretora menciona o aumento da receita mesmo com queda de 3% no número de beneficiários.
A compensação se deu por meio do aumento de tíquete médio em 11%. Os números foram favorecidos também pelo cancelamento de contratos deficitários, visto de forma positiva pela XP.
Os analistas apontam que os custos apresentam tendência virtuosa, considerando a queda de sinistralidade-caixa presente no quarto trimestre de 2023. A alavancagem também apresenta tendência de redução, ainda que apresente nível alto. A recomendação para o nome é de compra, com preço alvo em R$ 5,70.
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Receita aquém
O crescimento da receita ficou aquém das expectativas do Bradesco BBI, embora o fluxo livre de caixa (FCFE, na sigla em inglês) tenha sido um destaque positivo, em R$ 158 milhões. O Ebitda ficou 11% acima das estimativas do banco e os resultados foram considerados bons.
Por isso, o BBI estimou que a reação do mercado seria positiva, como se confirmou, na comparação com os resultados fracos de concorrentes.
A melhora no índice de sinistralidade deve facilitar aumento de preços e favorecer crescimento do volume, de acordo com a análise. O BBI recomenda o nome como Outperform (performance acima da média, similar à compra), com preço alvo em R$ 5,00.
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A sinistralidade, que melhorou em 260 pontos base em relação ao trimestre anterior, foi o principal destaque positivo para o Itaú BBA. O fator foi o principal responsável pela expansão da margem Ebitda recorrente.
A análise também destacou o crescimento de fluxo de caixa operacional, apesar das pressões enfrentadas pelo setor de saúde brasileiro. A empresa também chegou à redução de sua dívida líquida em R$ 159 milhões. O BBA classifica o nome como Outperform, com preço alvo em R$ 6,00.