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Enquanto avança no processo de integração com empresas adquiridas até junho do próximo ano, a Hapvida (HAPV3) encerrou o segundo trimestre de 2023 (2T23) com melhora nas margens e redução de sinistralidades.
Segundo comentou o CEO Jorge Pinheiro em teleconferência de resultados nesta quinta-feira (10), o crescimento consistente da receita líquida é fruto da estratégia de reajustes de contratos, necessário para a recomposição das margens da companhia.
Isso ocorre, de acordo com Pinheiro, mesmo com tantos fatores macro e regulatórios que vêm impactando o setor nos últimos anos, além da pandemia. “O modelo de negócios da Hapvida segue sólido e resiliente”, destaca.
A Hapvida registrou lucro líquido ajustado de R$ 221,6 milhões no 2º trimestre, queda de 8% na comparação anual. Já a receita líquida subiu 12,4% na comparação anual, indo de R$ 6,08 bilhões para R$ 6,84 bilhões.
Segundo o CFO Mauricio Fernandes Teixeira, o aumento resiliente do ticket médio foi de 12,2% na comparação com o 2T22. Os reajustes de junho foram de 13% para grandes empresas e de 16,2% para planos empresariais. A sazonalidade histórica foi amenizada pelos reajustes mais adequados realizados em vários contratos, movimento que deve continuar até maio.
Os resultados foram bem recebidos pelo mercado. De acordo com o Itaú BBA, a companhia reportou um resultado com boa combinação de métricas.
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“O ticket (preço) médio acelerou em um ritmo mais rápido do que esperávamos, evidenciando a implementação de fortes reajustes de preços para planos corporativos, enquanto o custo caixa por beneficiário aumentou um pouco menos do que o esperado”, avalia.
Dessa forma, houve uma sinistralidade caixa 0,5 ponto percentual melhor do que a expectativa da casa, que juntamente com a diluição de despesas gerais e administrativas, resultou em um resultado Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) 12,5% acima da sua projeção. Assim, mantém indicação de “compra” para HAPV3, com preço-alvo de R$ 6 ao fim de 2023.
Para a XP, embora tenha aumentado na base trimestral, a sinistralidade foi uma surpresa positiva, dado que parece estar em queda – embora ainda tenha um longo caminho a percorrer.
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“A conversão de caixa operacional não foi tão forte quanto no trimestre anterior, mas continuou saudável. Consideramos os resultados sólidos”, avaliou.
Com isso, o mercado reagiu positivamente: as ações fecharam em alta de 6,05%, R$ 5,26. Na máxima, subiram 9,27%, a R$ 5,42.
Recomposição de tickets e aumento da verticalização
Segundo o CEO, o resultado do 2T23 reflete a estratégia de recomposição de tickets, aumento da verticalização e lançamento de novos produtos. “Continuaremos buscando reduções adicionais para a desalavancagem da companhia”, destacou o CEO.
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Para este ano, a projeção da Hapvida é investir de R$ 400 a 450 milhões de Capex. Mas, para 2024, eles estão ajustando o orçamento para elevar os investimentos, sempre no sentido de incrementar a rede própria. “Temos conseguido incrementar o nível de verticalização em todas as regiões que atuamos, inaugurando, comprando novos equipamentos e qualificando a rede própria, em um movimento nacional de sempre investir em rede própria”, pontua Jorge Pinheiro.
Integrações até julho de 2024
Em julho de 2024, a Hapvida espera encerrar o ciclo de integração com empresas adquiridas, seguindo um planejamento continuado e observando as sazonalidades durante a jornada. O trabalho é focado em aproximar a sinistralidade ao nível histórico dos últimos anos.
“Mas também temos uma série de aquisições e cada uma delas tem sua própria história de implantação dos ativos. Estamos confiantes na execução do plano. Nosso plano está num bom caminho, mas vamos ter que esperar o prazo de implantação de cada uma delas, numa correção gradual mas consistente ao longo dos próximos trimestres”, diz o CEO.