Hamas diz que não participará de nova rodada de negociações de cessar-fogo em Gaza

“Netanyahu não está interessado em chegar a um acordo que acabe completamente com a agressão”, disse um representante do grupo

Equipe InfoMoney

Chamas sobem após um ataque israelense a um prédio residencial, em meio ao conflito em andamento entre Israel e Hamas, na Cidade de Gaza, nesta captura de tela retirada de um vídeo, 11 de agosto de 2024. Reuters TV via REUTERS/Foto de Arquivo
Chamas sobem após um ataque israelense a um prédio residencial, em meio ao conflito em andamento entre Israel e Hamas, na Cidade de Gaza, nesta captura de tela retirada de um vídeo, 11 de agosto de 2024. Reuters TV via REUTERS/Foto de Arquivo

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Uma autoridade do Hamas disse nesta terça-feira que o grupo não vai participar da nova rodada de negociações de cessar-fogo com Israel no conflito em Gaza marcada para esta quinta-feira. As informações são do jornal The New York Times.

Ahmad Abdul Hadi, representante do Hamas no Líbano, disse em uma entrevista que o Hamas decidiu não participar das conversas mediadas por Estados Unidos, Catar e Egito, porque seus líderes não acreditam que o governo israelense, liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, esteja negociando de boa fé.

“Netanyahu não está interessado em chegar a um acordo que acabe completamente com a agressão”, disse Abdul Hadi. “Ele está enganando e fugindo e quer prolongar a guerra, e até mesmo expandi-la a nível regional.”

Netanyahu disse que Israel enviará uma delegação para as negociações. Porém, segundo o New York Times, o premiê israelense fez, sem alarde, novas demandas que seus próprios negociadores temem que tenham criado obstáculos extras para um acordo.

O gabinete de Netanyahu negou que ele tenha estabelecido novas condições para o acordo, dizendo que o primeiro-ministro buscou “esclarecer ambiguidades na proposta anterior de Israel”.

Washington considera que um cessar-fogo em Gaza poderia evitar uma guerra mais ampla no Oriente Médio.

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Os temores de uma guerra mais ampla aumentaram desde os recentes assassinatos do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, no Irã, e do comandante militar do Hezbollah, Fuad Shukr, em Beirute. Ambos provocaram ameaças de retaliação contra Israel.