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No quinto episódio do programa Se tem Bit, tem vol, do canal GainCast, Richard Rytenband, economista e investidor desde 1994, destacou que o movimento global, atual da macroeconomia, pode abrir pode abrir possibilidades positivas para as criptomoedas, como o Bitcoin.
“A configuração global do mundo desde a pandemia é de estagflação. Com a pandemia, houve um movimento muito forte, o mundo parou, e injetou-se dinheiro na economia não só pelo sistema financeiro, mas com programas de apoio à renda”, explica.
“Com a economia parada e a oferta restrita, teve-se uma pressão de demanda absurda. Houve uma tempestade perfeita para uma inflação”, destaca.
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Desaceleração
Para ele, os bancos centrais do mundo, de forma atrasada, aumentaram os juros. “Acabou-se a era do dinheiro barato. Desde então, a gente vem assistindo uma inflação desacelerando no mundo. Agora, a gente está entrando em outra etapa de estagflação”, ressalta.
O economista crê numa fase de queda da inflação e da proximidade do início da redução da taxa de juros nos Estados Unidos. “Isso é muito favorável a papéis mais sensíveis a variações monetárias e de liquidez, como o Bitcoin”, afirma ele, que é também analista de ativos.
Richard Rytenband explica que o Bitcoin tem tido um comportamento nos últimos anos próximo ao do ouro. “Ele é conhecido até como uma espécie de ouro digital por conta disso”, ressalta.
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Segundo o investidor, há uma configuração macroeconômico global, que está em andamento, que é extremamente favorável ao Bitcoin.
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Drivers positivos
“A emissão de Bitcoin está ficando mais rara e a demanda (pela moeda digital) está sendo pressionada”, afirma.
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O economista avalia que isso se acentuou depois do halving – evento realizado de quatro em quatro anos (o último foi em abril) para reduzir pela metade a emissão da criptomoeda.
Ele afirma que ocorreu a entrada de novos players para operar com Bitcoin, como investidores institucionais e fundos.
“A dinâmica do ecossistema está totalmente favorável. Os drivers são positivos para exposição (do Bitcoin)”, avalia.
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Rytenband vê ainda, por outro lado, muito caminho a se desenvolver na moeda digital e aponta que ela está hoje numa fase intermediária de desenvolvimento.
“O mundo cripto é muito mais transparente. Consegue-se chegar a dados de forma até mais fácil e simples comparado com outros ativos”, diz.
O investidor comenta que ocorreu forte acumulação de Bitcoin nos últimos meses por grandes players. Ele lamenta, no entanto, que, nesse período, na primeira queda acentuada da criptomoeda, novos investidores individuais, receosos, “jogaram a toalha”.
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Equilíbrio no portfólio
“Para carregar uma posição relevante de Bitcoin e ir aportando com tranquilidade, tem que ter equilíbrio no portfólio como um todo, com outras classes de ativos”, explica, para que o investidor não sofra com potenciais quedas das cotações dos criptomoedas.
Para o investidor, o portfólio de ativos deve ser encarado como um sistema “vivo”. “É preciso olhar como um todo mais do que individualmente. É importante ter equilíbrio (na carteira), porque senão joga-se a toalha. As pessoas são levadas pelo medo e pela ganância”, diz.
Além disso, ele diz ser importante ter foco nos fundamentos, para montar uma próspera carreira, com ativos diversificados e com menos risco no conjunto.
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