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SÃO PAULO – Enquanto o mercado segue o rali na expectativa pelas medidas econômicas do Japão, o noticiário corporativo é bastante movimentado nesta terça-feira. Confira os destaques:
B2W
A B2W (BTOW3) informou que a acionista controladora Lojas Americanas (LAME4) atingiu participação de 62,3% no capital social da companhia, após subscrição de ações no âmbito de aumento de capital.
No final de maio, foi aprovado o aumento do capital social da empresa em até R$ 823 milhões. Em 5 de julho, a B2W afirmou ter levantado R$ 550,9 milhões durante o período de exercício de preferência, dos quais R$ 458 milhões foram aportados pela controladora.
BTG Pactual
O BTG Pactual (BBTG11) afirmou que está engajado nas discussões referentes à potencial aquisição do Banif – Banco Internacional de Funchal (Brasil) e outros ativos do grupo Banif Portugal e que contrapartes aceitaram proposta não vinculante, segundo comunicado à CVM. O banco disse que a transação envolve ainda a Oitante.
A Oitante é sociedade anônima constituída pelo Banco de Portugal, em 20 de dezembro de 2015, e que tem por objeto social a administração dos direitos e obrigações que constituam ativos do Banif que lhe forem transferidos por decisão do Banco de Portugal. Até o momento, o BTG disse não poder confirmar acordo em relação aos termos e condições de eventual transação. Se concluída, a transação representará menos de 0,5% do total de ativos do BTG Pactual.
Pão de Açúcar
O Pão de Açúcar (PCAR4) informou seus números operacionais do segundo trimestre de 2016: a receita líquida atingiu R$ 16,7 bilhões, com crescimento de 5,0% ajustado pelo efeito calendário, com destaque para o sólido desempenho do Assaí. Sobre a Via Varejo (VVAR11), o crescimento da receita líquida no conceito ‘mesmas lojas’ no período foi de 2,6%. Nas vendas totais, o aumento foi de 0,3%.
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Banco do Brasil
O presidente do Banco do Brasil (BBAS3), Paulo Caffarelli, afirmou, após reunir-se com o presidente em exercício, Michel Temer, no Palácio do Planalto, que a instituição pretende continuar aumentando sua carteira de crédito, mas, “obviamente”, será “um crescimento voltado para um crédito de qualidade”. “O mais importante é que essa retomada do crédito se faça de uma forma bastante consciente seja da pessoa física, principalmente da pessoa jurídica, que são as empresas que precisam de recursos para a sua retomada do seu crescimento econômico”, aponta Caffarelli, em vídeo divulgado nas redes sociais de Temer.
No vídeo, Caffarelli diz que esse crédito “bastante consciente” leva em conta também que “nos últimos tempos tivemos aumento do nível de inadimplência no sistema financeiro”. Segundo o presidente do BB, o objetivo de retomar a concessão de crédito é “fazer com que o investidor volte a ter confiança e investir em nosso País”. “Nós vamos com isso propiciar projetos robustos, fazer com que todos aqueles intervenientes de um processo de infraestrutura possam trabalhar de forma articulada de forma que aquele projeto que foi feito com base em premissas possa se efetivar na sua mais plenitude”, diz.
Usiminas
Segundo informações da Folha de S. Paulo e da Reuters, uma audiência de conciliação entre os grupos Nippon Steel e Ternium na última segunda-feira terminou sem acordo sobre o comando da Usiminas (USIM5). A audiência havia sido convocada pela desembargadora Mariza de Melo Porto; a reunião terminou sem que a desembargadora optasse pela alternativa defendida pela Nippon Steel de nomeação pela Justiça de um presidente-executivo para a Usiminas. A Nippon cobra no processo a anulação da reunião do Conselho que elegeu Sergio Leite em 25 de maio como presidente-executivo da Usiminas em substituição a Rômel de Souza, indicado pelo grupo japonês.
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Bancos
A Febraban afirmou desconhecer estudo sobre lucro de bancos com PSI, publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo; a reportagem afirma que as instituições privadas lucraram R$ 8 bilhões com o programa.
“A Febraban desconhece a existência de estudos que quantifiquem o lucro obtido pelos bancos comerciais nas operações do PSI”, segundo comunicado por e-mail. “Os bancos comerciais, seguindo as regras estabelecidas pelo governo federal e pelo BNDES, agiram como intermediários nos empréstimos de recursos do PSI assumindo os custos e riscos destas operações, inclusive os de eventual inadimplência. “Não é correto inferir, portanto, que o valor cobrado como spread bancário corresponde ao ‘lucro’ dos bancos com essas operações. A participação dos bancos privados garante ao setor público capilaridade e expertise técnica para realização de todas as operações”.
Para se chegar ao lucro das operações feitas pelos bancos privados com recursos do PSI, seria necessário subtrair, do valor resultante do spread bruto, os seguintes custos, segundo a Febraban: os custos administrativos, “incluindo-se a estrutura para avaliação de crédito das operações realizadas”, os custos derivados do risco de crédito destas operações, “já que este é de responsabilidade das instituições financeiras repassadoras”, os custos decorrentes da alocação de capital e os custos referentes ao pagamento dos impostos.
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Direcional
A Direcional Engenharia (DIRR3) divulgou na segunda-feira indicadores operacionais do segundo trimestre do ano. As vendas líquidas totalizaram Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 66 milhões, redução de 41%, quando comparado ao mesmo período do ano passado. No primeiro semestre, as vendas cresceram 24% em relação ao mesmo período do ano anterior, para R$ 184 milhões.
A velocidade de vendas do segundo trimestre, medida pelo indicador Vendas sobre Oferta (VSO), atingiu 5,7%. “Esse indicador foi impactado, principalmente, pelo acumulo de lançamentos na última quinzena do trimestre, cujo modelo de venda com repasse na planta dos produtos lançados reduz a velocidade das vendas de lançamento, uma vez que estas somente são contabilizadas após a aprovação do crédito do cliente no banco financiador”, afirma a empresa.
A Direcional lançou no segundo trimestre quatro projetos, com total de 1.395 unidades e VGV de R$ 200 milhões. Todos os lançamentos são destinados às famílias que se enquadram nos parâmetros do Minha Casa Minha Vida (MCMV) 2 e 3, em linha com a estratégia da companhia de aumentar sua participação nestes segmentos. A companhia destaca ainda que, de abril a junho foi realizado o pré-lançamento de um projeto com total de 640 unidades e VGV de R$ 100 milhões, cujo lançamento deve ocorrer no terceiro trimestre, já que não houve tempo hábil para finalizar o processo de contratação do financiamento à produção.
Foram entregues cinco empreendimentos/etapas de abril a junho, totalizando 4.899 unidades e VGV de R$ 334 milhões, sendo quatro projetos enquadrado no segmento MCMV Faixa 1, que representou 98% do volume total. No segundo trimestre foram adquiridos seis terrenos, todos voltados ao segmento MCMV 2 e 3, com potencial de construção de 3.664 unidades e VGV de R$ 629 milhões. Quatro destes terrenos estão localizados na região Sudeste, um no Nordeste e outro no Centro-Oeste. O custo médio de aquisição foi equivalente a 14,7% do VGV potencial, sendo que 78% do pagamento se dará via permuta, o que, de acordo com a empresa, não causa impacto no seu caixa no curto prazo. “Mesmo com as vendas mais fracas no trimestre, recebemos bem os lançamentos e acreditamos que as vendas devem acelerar no terceiro trimestre dada a forte demanda nessas faixas. Reiteramos a recomendação de compra e top pick no setor”, afirma o BTG Pactual.
Whirpool
O grupo de eletrodomésticos Whirlpool, dona da Brastemp, anunciou que fará uma oferta pública para adquirir a totalidade das ações em circulação de sua subsidiária brasileira e fechar o capital da companhia. O preço das ações na OPA será de R$ 3,31 reais por ação, conferindo à subsidiária brasileira um valor de R$ 4,97 bilhões, informou a companhia. O grupo Whirlpool já detém 95% do capital da companhia.
Eletrobras
A Eletrobras (ELET6) admitiu na segunda-feira, 11, que está com dificuldades para conduzir as investigações do escritório Hogan Lovells em determinadas sociedades de propósito específico (SPEs) nas quais detém participação minoritária. Em resposta a ofício enviado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a estatal dá mais detalhes sobre os problemas para conduzir a investigação na Santo Antônio Energia.
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O documento foi enviado pela CVM por conta de reportagem do Valor Econômico que relata os problemas que a Eletrobras enfrenta para obter permissão para que o escritório faça uma avaliação sobre a Santo Antônio Energia. A estatal ressalta que tem 39% no capital da usina, por meio de Furnas, e os outros acionistas entenderam que a investigação não pode ser imposta, já que a empresa não tem capital aberto. Assim, a Santo Antônio Energia não autorizou o acesso do Hogan Lovells. Assim, Eletrobras e Furnas entraram com duas ações judiciais para obter autorização judicial para que o escritório, contratado para apurar desvios e irregularidades praticadas por executivos, possa fazer uma investigação em Santo Antônio. Em primeira instância, a Justiça decidiu que a Eletrobras só poderia investigar a empresa com a autorização desta. A Eletrobras apelou dessa decisão, e o recurso ainda não foi julgado.
A estatal afirma que esse atraso nas investigações em sociedades nas quais não possuí controle contribuiu para o não arquivamento do Formulário 20F no prazo exigido pela Securities and Exchange Commission (SEC), o órgão regulador do mercado de capitais nos Estados Unidos. A Eletrobras ressalta ainda que continua adotando os procedimentos cabíveis para a investigação, e que a atuação do Hogan Lovells é independente do processo criminal que corre contra o ex-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, além de outros envolvidos. Nesta ação, a Eletrobras atua como assistente da acusação do Ministério Público Federal. A companhia esclarece ainda que a investigação do escritório, mesmo envolvendo várias SPEs, deve ser considerada única, com os objetivos de apurar irregularidades, revisar processos internos e os eventuais impactos no balanço das empresas Eletrobras.
Ainda no radar da companhia, destaque da notícia do Valor Econômico de que a venda de uma fatia do capital da elétrica Furnas , subsidiária da Eletrobras, pode render de R$ 8 bilhões a R$ 10 bilhões. O valor corresponde a um percentual de até 49% da empresa, cuja proposta para abertura de capital da estatal foi, enviada pelo presidente da empresa, Flavio Decat, ao ministro de Minas e Energia, Fernando Bezerra Filho. A proposta, com data de maio, foi elaborada pela gestora de recursos 3G Radar.
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General Shopping
A General Shopping (GSHP3) teve o rating rebaixado de CC para C pela agência de classificação de risco Fitch Ratings, um degrau acima do calote. O corte segue a proposta de reestruturação de US$ 150 milhões em notas perpétuas subordinadas feita no dia 5 de julho. Segundo o critério de troca de dívida da agência, a oferta impõe uma redução significativa aos credores em relação ao valor original das notas. A conclusão da reestruturação resultará no rebaixamento do rating da General Shopping para ‘calote restrito’ (‘RD’).
Oi
Um dos maiores fundos do mundo, o canadense Ontario Teachers’ Pension Plan, que já havia movimentado as ações da Oi (OIBR4) no mês passado, transferiu sua participação na companhia brasileira para a Point State Capital, um veículo de investimento de sua propriedade. As informações são do jornalista Lauro Jardim e que explica o comunicado da Oi na noite desta segunda-feira (11).
De acordo com a companhia, em nota, a Point State Capital se tornou detentora do total de 34.500.000 ações ordinárias da Oi, equivalentes a 5,16% das ações em circulação da companhia, por meio da titularidade de 6.900.000 ADRs (American Depositary Receipts) da empresa. Enquanto isso, no dia 18 de junho, o Ontario reduziu sua fatia na operadora brasileira de 5,8% para 4,8%. Segundo Lauro Jardim, na última sexta-feira, o fundo canadense concluiu a transferência das ações que ainda detinha para o Point State. Esta é uma praxe do Ontario quando suas participações societárias ficam abaixo dos 5%, afirma o jornalista. O fundo canadense iniciou sua participação na Oi ainda em 2014, mas considerando a venda feita mês passado, perdeu 90% do que investiu.
O Point State Capital é gerido por Zach Schreiber, CEO que previu a queda do petróleo ainda em 2014, quando durante uma conferência ele afirmou que os preços iriam cair drasticamente. Recentemente, ele também iniciou uma aposta contra a Arábia Saudita. “A Arábia Saudita é economicamente insustentável”, disse Schreiber.
Energias do Brasil
A EDP, controladora da Energias do Brasil (ENBR3), utilizará o R$ 1,5 bilhão que levantou em uma subscrição de capital para antecipar pagamentos de dívidas e investir em duas hidrelétricas que estão em construção. A maior parte do dinheiro (R$ 1,3 bilhão) vai quitar dívidas cujos juros eram de 17% e 18% ao ano, segundo informou Miguel Setas, presidente da empresa no Brasil, ao jornal Folha de S. Paulo.
Kroton e Estácio
As ações da Kroton (KROT3) e da Estácio (ESTC3) tiveram suas recomendações elevadas de neutra para compra pelo Santander. O preço-alvo para a Kroton foi elevado de R$ 12,00 para R$ 18,00, enquanto o preço-alvo para a Estácio foi elevado de R$ 16,50 para R$ 23,10.
Na última sexta-feira, as duas companhias confirmaram que os conselhos de administração aprovaram proposta para fusão de seus negócios. O acordo será, agora, submetido aos acionistas das companhias em assembleias gerais extraordinárias (AGEs), sendo que a operação e a incorporação de ações dependem do aval do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). A fusão foi aprovada após a Kroton aumentar pela terceira vez sua proposta pela Estácio.
Petrobras
A Petrobras (PETR3;PETR4) informou a entrada em operação do sistema de produção de Lula Central, com a interligação do primeiro poço produtor (8-LL-81D-RJS) ao FPSO Cidade de Saquarema, em 08/07, e a estabilização da produção em torno de 30 mil barris por dia (bpd), em 11 de julho. Localizado na Bacia de Santos, no Campo de Lula, costa do Rio de Janeiro, este é o décimo grande sistema definitivo de produção operando no pré-sal. O escopo completo do projeto Lula Central inclui 18 poços, sendo nove produtores e nove injetores.
Vale
Em resposta a uma matéria da revista Exame, a Vale (VALE3; VALE5) explicou em comunicado que a retomada das operações da Samarco depende da conclusão das análises pelos órgãos governamentais competentes com relação às soluções operacionais propostas pela companhia, para que esta possa então, uma vez obtidas as aprovações necessárias, dar prosseguimento à retomada das suas operações.
“Ainda existem incertezas sobre o intervalo de tempo necessário para o reinício das operações daquela empresa”, disse a mineradora. “Tão logo haja clareza necessária para a conclusão das análises, e caso seja constatado impacto relevante, a Vale procederá divulgação ao mercado, nos termos da legislação em vigor”, conclui a companhia em nota.
Cosan
O Conselho de Administração da Cosan (CSAN3) autorizou a emissão de títulos adicionais no exterior, com valor máximo de até US$ 150 milhões e prazo de vencimento em 2027. Segundo comunicado da companhia, a remuneração terá taxa de até 7,25% ao ano.
Hypermarcas
A Hypermarcas (HYPE3) informou que a Capital Research Global Investors reduziu a participação acionária na companhia, passando a administrar, em 11 de julho de 2016, 30.587.554 ações ordinárias de emissão da Companhia, correspondentes a aproximadamente 4,84% do seu capital social total.
(Com Agência Estado e Bloomberg)