Grupo Primo discute IPO, mas vê chance zero neste momento, “com o mercado como está”

Bruno Perini, sócio da empresa, afirma que sonha com a “experiência” e fala em 2027 como ano “pronto” para oferta pública

Augusto Diniz

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O especialista em investimentos e educador financeiro Bruno Perini conta como sua trajetória empresarial evoluiu desde o seu encontro decisivo com Thiago Nigro, em 2020, que deu origem ao Grupo Primo.

“O influenciador, tanto no meu caso quanto no do Thiago, não possui uma estrutura empresarial sólida. Ele pode ter um excelente desempenho, mas, ao tentar vender, percebe que sua marca é excessivamente dependente de sua imagem”, explica Perini, que participou do episódio 266 do programa Stock Pickers, com apresentação de Lucas Collazo e Henrique Esteter.

Menos dependência

Quando se juntou a Thiago Nigro, Perini diz que a ideia era “criar e comprar outros negócios”. Eles lançaram incialmente três plataformas de educação por assinatura: finanças, marketing e desenvolvimento pessoal. A de finanças ele mantém até hoje e tornou-se um grande sucesso.

Mas resolveram se expandir, conectando a origem educacional em finanças, com a prática. Assim, adotaram um modelo de consultoria para recomendação de investimentos a clientes e, junto com isso, criou produtos de investimentos, que pertencem a Grão Investimentos, gestora com R$ 1 bilhão sob custódia.

“O Grupo Primo hoje está deixando de ser uma empresa só de educação, como era antes, para virar uma empresa do segmento financeiro, com um bom valuation”, diz Perini.

Educação e finanças

“Quando a gente olha as empresas de educação na bolsa, elas valem pouco e as financeiras são algumas das mais valiosas. Então, a gente tem um serviço que o cliente, vendo valor, pode ficar com a gente por 10, 20 anos”, afirma.

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Nesse cenário de crescimento dos negócios, o IPO (Oferta pública de ações, na sigla em inglês) acabou entrando no radar do Grupo Primo.

“É uma discussão que a gente já teve (sobre IPO). Mas, obviamente, da maneira como o mercado está está a chance (agora) é zero.”

— Bruno Perini, educador financeiro

“Não quero fazer um IPO, mas se o mercado quer muito, eu posso mudar de ideia”, diverte-se. “Já brinquei que em 2027 tem que estar pronto para fazer IPO. Se vai fazer ou não é outra história. Mas gostaria de ter essa experiência”, afirma.

“Não é uma hipótese que a gente descarta, mas para fazer só se o mercado quiser pagar um valor muito bom na empresa. Do contrário, fica lá, não tenho pressa. Mas eventualmente o mercado pode ter uma janela boa”, diz.

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Bruno Perini lançou em novembro seu primeiro livro intitulado “Em Nome do Povo: Como o Casamento Entre Estado e Moeda te Deixa Mais Pobre”.