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SÃO PAULO – O Ibovespa mergulhou nos últimos dois meses de 2016, mas isso ainda não feriu projeções mais otimistas para 2017: o gráfico aponta para a região dos 70.000 pontos, o que daria um potencial de alta de 20% frente ao patamar atual, diz o analista gráfico Rafael Figueredo, da Clear Corretora, em vídeo gravado em seu canal no Youtube traçando as projeções para o mercado em 2017 (assista à análise ao final da matéria).
Para ele, um alerta vermelho só seria acionado se essa correção puxasse o índice para baixo da média móvel dos 200 períodos no gráfico diário: “Um rompimento dessa média móvel anularia toda a expectativa altista”, diz o grafista. Atualmente, esta média móvel passa pela região dos 56 mil pontos.
No caso do dólar, a leitura é de correção no curto prazo: a perda dos R$ 3,30 na semana passada abriu espaço para uma queda até os R$ 3,10, comenta o analista. Mas isso é válido apenas para o início de 2017. Para Figueredo, o dólar deve ficar mais caro no Brasil e no mundo. Pelo gráfico semanal do dólar futuro, uma lateralização entre os R$ 3,30 e R$ 3,50 pode ser considerada ao longo deste ano, mas isso não inviabiliza um cenário de alta mais robusta. O rompimento dos R$ 3,67/R$ 3,70 seria um “divisor de águas” da moeda: “caso ultrapasse esse patamar, aí a coisa complica”, alerta.
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Os 2 pontos que justificam o alvo de Ibovespa em 70 mil pontos
A visão positiva de Figueredo para a Bolsa está sustentada principalmente em dois fatores gráficos que ocorreram esse ano e que foram decisivos para mudar completamente a leitura do Ibovespa. São eles: 1) a formação, em julho, de uma figura no gráfico semanal do índice conhecida como OCOI (Ombro-Cabeça-Ombro Invertido), que tem a capacidade de reverter tendências; e 2) o rompimento, dias após a confirmação do OCOI, do canal de baixa no gráfico semanal do Ibovespa, que vinha guiando o movimento baixista do índice desde 2010.
“Tecnicamente falando, o rompimento do canal de baixa do Ibovespa foi a coisa mais marcante que ocorreu na Bolsa, porque ele determinou uma mudança de paradigma do mercado e de fluxo. O índice saiu de uma tendência primária de baixa para alta. O rompimento sinalizou uma reversão do mercado, que deixou os investidores mais otimistas não apenas para os próximos meses, mas para os próximos anos”, comentou.
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O alvo em 70.000 pontos justifica-se pela formação do OCOI em julho (veja imagem abaixo). Essa figura de reversão de uma tendência de queda tem como alvo a distância da “cabeça” para a linha de pescoço, explica Figueredo.
Confira abaixo a análise completa de Figueredo sobre Ibovespa e dólar para 2017: