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Apesar das iniciativas da administração do GPA (PCAR3) terem sido bem-sucedidas em reativar o crescimento, o JPMorgan optou manter recomendação neutra para empresa. A ação, cabe ressaltar, já passou por vários período de turbulência e acumula perdas superiores a 34% no ano.
Segundo o relatório, as melhorias no faturamento e na margem registradas nos últimos trimestres foram apoiadas por uma maior penetração e melhor execução, juntamente com um sortimento mais assertivo no Pão de Açúcar, melhor segmentação de clientes e a captura de oportunidades após anos de negligência devido a várias mudanças estratégicas e desalinhamento de interesses.
No geral, o movimento se traduziu em um aumento nas vendas mesmas lojas (SSS, na sigla em inglês) apesar da adversa inflação dos alimentos. Ainda assim, o JPMorgan espera um tímido CAGR (taxa anual de crescimento composto) de 6% em 5 anos para receita, impulsionada por crescimento de área, ajuste do sortimento e crescimento do canal digital.
Em termos de rentabilidade, a projeção de margem bruta é de 27,7% em 2024, alta de 130 pontos-base (bps) na base anual e 28,2% em 2025 (+50 bps), impulsionada por maior penetração de perecíveis, melhor mix e política de descontos otimizada, que começou a ser implementada no final do 2T24.
No total, essas combinações com o controle de despesas devem se traduzir em uma margem Ebitda (Ebitda = lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações / receita) ajustada de 8,8% e 9,4% para 2024 e 2025, resultando em um CAGR de Ebitda ajustado de 13% em 5 anos.
Mesmo com a melhoria operacional esperada e das recentes iniciativas de desalavancagem (vendas de ativos e aumento de capital), o JPMorgan continua a ver a empresa com um balanço pesado que deve fechar 2024 com 3,3 vezes dívida líquida ajustada/Ebitda (excluindo IFRS 16 e incluindo recebíveis descontados e parcelas fiscais).
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Dessa forma, o banco espera que as despesas financeiras ainda gerem perdas líquidas no médio prazo, enquanto mais melhorias operacionais e desalavancagem são necessárias para trazer os resultados de volta ao positivo no curto prazo.
Por fim, o JPMorgan explica que as melhorias operacionais são parcialmente atenuadas por altas despesas financeiras, que são refletidas na atual valoração de 4,5 vezes Valor da Firma (EV)/Ebitda ajustado para 2025, um desconto de cerca de 20% em relação ao setor, que está a 5,5 vezes. No espaço de varejo alimentar, o banco ressalta sua preferência por Assaí (ASAI3), seguido por Carrefour Brasil (CRFB3).