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Apesar da ação do GPA (PCAR3) ter caído quase 20% na sessão anterior (23), a Genial Investimentos ressaltou que não há motivos para preocupações, uma vez que o movimento reflete a segregação entre os ativos brasileiros e os de sua ex controlada, Grupo Éxito (EXCO32).
O varejista entregou aos seus acionistas 1,08 bilhão de ações do Éxito, na proporção de 4 BDRs do Éxito para cada ação do PCAR3. A transação foi concluída via redução de capital na ordem de R$ 7,13 bilhões, com o GPA distribuindo aproximadamente 83% das ações do Éxito e mantendo um controle minoritário de 13% no Éxito (potencial monetização no futuro).
Na prática, isso significa que o investidor que detinha uma posição em GPA (ou no ativo PCAR3) até a data de corte (22 de agosto) recebeu a proporção do novo ativo, referente ao BDR do Grupo Éxito (EXCO32).
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Então, somando o preço de fechamento da ação da varejista brasileira de R$ 6,56 (-19,4%) ao valor do BDR de R$ 14,35 (+24,6%) na véspera, o investidor que estava posicionado na companhia fechou o dia com um valor de R$ 20,91 (6,4% acima do valor da ação do GPA antes da cisão). “Ou seja, no final, o investidor que tinha PCAR3 na terça-feira e segurou PCAR3 e EXCO32 na quarta-feira não perdeu dinheiro, dada a forte valorização do BDR”, explica Genial Investimentos.
O movimento se assemelha quando houve a cisão do Assaí (ASAI3) do GPA, em março de 2021, fazendo os ativos ASAI3 saltarem na estreia e dos GPA caírem forte.
A equipe de research da corretora não acredita que a volatilidade deva se repetir com tamanha magnitude ao longo dos próximos pregões, “contudo, a oportunidade de risco-retorno está servida”.
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Nesse cenário, a Genial destacou cinco catalisadores positivos que podem fazer o caixa do GPA ganhar tração no curto e médio prazo: “(i) spin-off do Éxito (já realizado); (ii) alavancagem operacional e recomposição de margens; (iii) venda da participação de 34% da CNova (braço de comércio eletrônico europeu do Casino); (iv) venda da operação de postos de combustíveis; e (v) negócios imobiliários, como a alienação da sede (SP) e a venda do terreno próprio do Rio de Janeiro”.
Com as novas estratégias de aumento de exposição e vendas de perecíveis surtindo efeitos positivos e considerando o início da retomada de fluxo para supermercados premium (anteriormente concentrada no modelo de atacarejo), a casa projeta que, ao final de 2023, o GPA deve alcançar uma margem Ebitda (Ebitda, ou lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, sobre receita) de 7,0% (+40 pontos-base na comparação anual), se aproximando de 8,0% ao final de 2024 (porém um pouco abaixo do guidance dado pela companhia).
Em termos de valuation, considerando o preço de fechamento da quarta-feira (23), a R$ 6,76, dívida líquida de R$ 2,9 bilhões e arrendamento de R$ 4,18 bilhões, a ação do GPA negocia a 5,2 vezes Valor da Firma/Ebitda para 2024 – descontada em relação ao setor, na visão da Genial. Com isso, a casa mantém recomendação de compra.
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