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O GPA (PCAR3) anunciou na noite de quarta-feira (26) a venda de 71 postos de gasolina por cerca de R$ 200 milhões, em um novo passo rumo à desalavancagem financeira. Segundo o comunicado, 49 unidades estão localizadas no estado de São Paulo, o que representa a maior fatia do valor da transação, e serão adquiridas pelo Ultrapar (UGPA3). Cabe ressaltar que, na véspera, as ações caíram 7,77% e registraram recuperação parcial nesta quinta. Os ativos PCAR3 fecharam com ganhos de 8,05%, a R$ 2,82.
A varejista espera receber R$ 138 milhões até o final de 2024, dependendo de alguns processos, como a aprovação antitruste brasileira, enquanto os R$ 62 milhões restantes serão recebidos após a conclusão da transferência de todos os 71 postos de gasolina aos seus respectivos compradores.
O Bradesco BBI tem uma visão positiva sobre o desinvestimento de ativos não essenciais, uma vez que o GPA irá concentrar a sua força e atenção de gestão no negócio de varejo alimentar.
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Na avaliação do BBI, o desinvestimento nos postos deverá ajudar a companhia a entregar maior margem Ebitda (Ebitda = lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) ajustada entre 8,5% e 9,0% nos próximos dois anos, além de reduzir a alavancagem financeira Dívida Líquida/Ebitda ajustado para aproximadamente 1,2 vez no final de 2024, o que é substancialmente menor do que os 6,8 vezes no final de 2023.
O BBI também destaca que melhorias contínuas nos Indicadores-Chave de Desempenho (KPIs) operacionais devem levar à geração sustentável de fluxo de caixa no médio prazo.
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Os analistas da XP Investimentos também classificaram o anúncio como positivo, uma vez que eram céticos sobre a venda desses ativos, apesar de não ser suficiente para endereçar totalmente a situação da alavancagem da companhia.
Na mesma linha que XP e BBI, o JPMorgan avalia a transação como positiva. Combinado com a venda da sede corporativa anunciada anteriormente em maio por R$ 218 milhões, este desinvestimento eleva o valor total obtido com essas transações para R$ 418 milhões, em linha com a faixa de R$ 400 milhões a R$ 450 milhões que a empresa havia estimado.
O GPA fechou o 1T24 com uma relação dívida líquida/Ebitda de 3,8 vezes (dívida líquida ex-leasing, Ebitda pré-IFRS e ajustado para incluir despesas com desconto de recebíveis). Ao antecipar todo o fluxo de caixa da venda da sede e dos postos de gasolina (assumindo nenhuma carga tributária), bem como o aluguel adicional do lease-back da sede, o JPMorgan estima que a alavancagem cairia para 2,9 vezes.
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Nesse sentido, o banco americano acredita que uma estrutura de capital mais equilibrada proporcionaria à gestão mais flexibilidade para executar o atual plano de reestruturação focado em aumentar a lucratividade e melhorar a dinâmica do capital de giro.
O Itaú BBA comenta que melhorar a estrutura de capital da empresa foi um pilar fundamental do plano de recuperação do GPA. A venda do negócio de postos de gasolina marca a conclusão do plano de venda de ativos não essenciais, que arrecadou um total de R$ 1,9 bilhão. O valor da venda do negócio de postos de gasolina de R$ 200 milhões está amplamente alinhado com as expectativas do mercado.
Com relação à recomendação, o BBI, BBA e JPMorgan mantiveram classificação neutra e preço-alvo de, respectivamente, R$ 4, R$ 3,70 e R$ 3,70.