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O Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) anunciou ontem a venda da sede da companhia por R$ 218 milhões para fundo imobiliário, em uma semana agitada para a rede de supermercados. A operação está dividida em duas vendas de R$ 108 milhões, a torre administrativa (com contrato de arrendamento por 15 anos) e a área adjacente à torre administrativa. O valor representa 8% da dívida líquida da rede de supermercados e foi recebida com otimismo por analistas.
O papel vem de alta forte na sessão de ontem, com avanço de 8,52%, após anúncio de acordo fiscal com o estado de São Paulo que reduziu a dívida relacionada ao pagamento de ICMS. A sessão segue de alta para ativos, com os papéis avançando 6,29%, a R$ 3,38, em mais um pregão de ganhos também para as ações de varejo e consumo com o alívio dos juros futuros após os dados abaixo do esperado de emprego nos EUA. No acumulado da semana, PCAR3 avança mais de 20%.
A companhia vive atualmente um plano de desalavancagem e fortalecimento de estrutura de capital, o que faz com que a venda não tenha sido uma surpresa para o mercado, segundo o JPMorgan. O banco comenta que há expectativa que o Pão de Açúcar venda também suas estações de combustível ainda em 2024.
A operação anunciada ontem prevê pagamento de R$ 179 milhões até o fim do ano e o resto em parcelas até março de 2026. Mesmo avaliando como positiva a operação, o JPMorgan segue neutro em GPA.
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A companhia vive momento de melhora nos principais indicadores operacionais, aponta o Bradesco BBI. A venda por metro quadrado e a margem bruta, que são essenciais para geração de fluxo de caixa sustentável no médio prazo, são alguns dos dados que vêm melhorando.
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“Vemos essa monetização imobiliária como mais um anúncio positivo para o GPA. A monetização dos ativos não essenciais remanescentes do GPA é um passo positivo para alcançar e consequentemente manter a geração sustentável de fluxo de caixa livre”, aponta o BBI.
O banco estima o papel em 13,4 vez o múltiplo de preço sobre lucro para 2025, considerando a melhoria dos resultados.