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SÃO PAULO – Com impeachment voltando ao radar dos mercados, nova delação de Delcídio do Amaral envolvendo tanto nomes da base aliada quanto da oposição, Lula em Brasília, o noticiário político segue agitado, assim como o noticiário corporativo, com diversas blue chips no radar. Confira os destaques desta quarta-feira (9):
Petrobras
No radar da Petrobras (PETR3;PETR4), o governo pretende realizar o segundo leilão de áreas no pré-sal em 2017, conforme informou o secretário de Petróleo e Gás do Ministério de Minas e Energia, Marco Antônio Almeida. O modelo de leilão ainda deverá ser definido nos próximos seis meses. A medida visa estimular o setor, gerando atratividade para outras empresas, uma vez que há reservas de petróleo confirmadas. Ao todo, deverão ser ofertadas cerca de 20 áreas vizinhas a blocos já concedidos pela ANP (Agência Nacional do Petróleo).
Ainda no setor petrolífero, ganha destaque a notícia de que o governo estaria pressionando a Petrobras a investir em áreas subaproveitadas fora do pré-sal, como blocos da Bacia de Campos, hoje responsável pela maior parte da produção nacional. Conforme mostra reportagem do jornal O Estado de S. Paulo, se fossem feitos novos investimentos, a área poderia render produção de mais 200 mil barris por dia e render R4 800 milhões em royalties. Os campos marginais improdutivos por mais de seis meses teriam suas concessões cassadas.
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A Petrobras comunicou que a ICBC Leasing desembolsou US$ 1 bilhão. Os recursos fazem parte da estrutura de leasing financeiro da plataforma P-52, disse a companhia, destacando que a operação tem prazo de 10 anos e é decorrente do acordo de cooperação entre a Petrobras e o ICBC Leasing, assinado durante a visita do primeiro-ministro chinês Li Keqiang ao Brasil, em maio de 2015. A transação faz parte da estratégia financeira de diversificar suas fontes de financiamento, disse a Petrobras.
Ainda no radar da estatal, a CNPE autorizou a renovação de concessão de campos da Petrobras. Os prazos de vigência dos campos da Rodada Zero, realizada em 1998 e que ratificou os direitos da Petrobras na forma de contratos de concessão, serão prorrogados com base em algumas condições.
Vale
O grupo chinês Hunan Valin Iron and Steel disse nesta quarta-feira que apóia a proposta de associação entre a brasileira Vale (VALE3;VALE5) e o grupo australiano Fortescue Metals, do qual é acionista.
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“Disse a eles que como acionistas nós apoiamos, e que como clientes estaríamos dispostos a comprar os produtos deles”, disse o presidente do Conselho de Administração da companhia, Cao Huiquan, acrescentando que a Fortescue contatou a Valin antes do anúncio.
A maior e a quarta maior mineradoras de minério de ferro do mundo estão em conversas que podem levar a Vale a assumir uma fatia minoritária na Fortescue. As empresas também podem misturar parte de seu minério para produzir material favorecido na China.
Cao disse que a Valin, que tem fatia de 14 por cento na mineradora australiana, tem sugerido à Fortescue que ela deveria desenvolver recursos minerais de maior qualidade, o que também permitiria elevar sua participação de mercado na China. “Pessoalmente, sinto que é uma coisa boa para a China. (A Vale) pode se tornar uma acionista relativamente grande na Fortescue, mas não é certo que eles superarão nossa fatia pois eles certamente não vão emitir mais ações”, disse em entrevista.
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A Vale informou em comunicado ao mercado que ainda serão objeto de discussão a opção de se realizar projetos de mineração em conjunto com a Fortescue na Austrália e a opção de se adquirir uma participação minoritária na Fortescue no longo prazo.
Anima
A Anima (ANIM3) registrou receita líquida de R$ 214,6 milhões, ante estimativa de R$ 212,3 milhões, com alta de 1,5% na comparação anual. O lucro líquido ajustado foi de R$ 10,2 milhões, com queda de 56% na mesma base de comparação anual.
Já o Ebitda ajustado somou R$ 25,5 milhões, com queda de 18%, enquanto o margem Ebitda ajustado foi de 11,9%, ante 14,8% no quarto trimestre de 2014.
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Segundo o BTG Pactual, a Anima soltou um balanço fraco, e o momentum para os lucros deve seguir pressionado, sem expectativas de melhora no curto prazo.
Iguatemi
O lucro líquido da Iguatemi (IGTA3) foi de R$ 42,2 milhões, com queda de 35,5% na base anual, enquanto o Ebitda foi de R$ 144 milhões, ante estimativa de R$ 139,2 milhões. Já a receita líquida somou R$ 172,1 milhões, 3,3% maior na base anual, ante estimativa de R$ 172,3 milhões. A margem Ebitda foi de 83,7% ante 86% no mesmo período do ano passado.
Arteris
A Arteris (ARTR3) esclareceu em comunicado que a venda da fatia da Sem Parar não foi concluída, em esclarecimento à notícia veiculada pela Reuters. “Nenhum comunicado ao mercado, nem fato relevante foi divulgado anteriormente pela companhia relativo à noticia veiculada pela Reuters Brasil, pois nenhum contrato ou transação referente à venda da participação de 4,68% na sociedade STP foi assinado ou concluída”.
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Copasa
As ações da Copasa (CSMG3) foram rebaixadas de compra para neutra pelo Citigroup.
Multiplus
A recomendação para as ações da Multiplus (MPLU3) foi elevada de manutenção para compra pelo Santander.
Cosan Logística
A Cosan Logística (RLOG3) propôs aumento de capital de R$ 580
milhões mediante a emissão de 1,05 bilhão de ações. “Do ponto de vista econômico, o aumento de capital tem por objetivo incentivar as estratégias de financiamento e investimento da Rumo para que esta possa superar a atual situação econômicofinanceira que enfrenta, sociedade na qual a Companhia detém participação acionária de 26,26%”, afirma.
Telefónica
A espanhola Telefónica, dona do grupo Telefônica Brasil (VIVT4), anunciou nesta quarta-feira que instalará um novo cabo submarino de quase 11 mil quilômetros para conectar Rio de Janeiro e Fortaleza a San Juan, em Porto Rico, e a Virginia Beach, nos Estados Unidos.
O grupo de telecomunicações disse que a infraestrutura, cuja entrada em funcionamento está prevista para o começo de 2018, permitirá “reforçar sua liderança em infraestrutura em toda a América”. A tecnologia permitirá transmissão ultrarrápida e melhorará a confiabilidade das comunicações, disse a empresa.
Incorporadoras
Destaque para uma notícia que pode mexer com as ações de incorporadoras como Cyrela (CYRE3), Gafisa (GFSA3), MRV Engenharia (MRVE3), Tecnisa (TCSA3), Direcional (DIRR3), Even (EVEN3), EzTec (EZTC3), Helbor (HBOR3), e PDG (PDGR3). Segundo o jornal O Globo, o governo avalia medidas adicionais para estimular o crédito imobiliário para dar um fôlego à construção civil. Para enfrentar o problema, empresários do setor pediram à equipe econômica uma nova alteração nos compulsórios — dinheiro captado pelos bancos com a caderneta de poupança e que fica retido no Banco Central (BC) — para injetar no mercado R$ 25 bilhões.
Minerva
A Minerva Foods (BEEF3) encerrou o quarto trimestre de 2015 com lucro líquido de R$ 66,5 milhões, revertendo prejuízo de R$ 304 milhões registrado no mesmo período do ano passado. A receita líquida somou R$ 2,753 bilhões no quarto trimestre de 2015, alta de 29,4% sobre os R$ 2,127 bilhões do mesmo período de 2014.
Já o Ebitda somou R$ 337,0 milhões, alta de 71,7% sobre os R$ 196,3 milhões do mesmo período do ano de 2014. Já a margem Ebitda foi de 9,2% no quarto trimestre de 2014 para 12,2%.
Segundo o Bradesco BBI, os bons resultados refletem melhores condições do setor no Brasil, o que deverá traduzir-se em um forte 2016”; “dívida líquida/EBITDA deve, finalmente, cair abaixo de 3 vezes em 2016, preparando terreno para a geração de caixa sustentável”.
Usiminas
O grupo Nippon Steel vai propor na reunião do Conselho de Administração da Usiminas (USIM5) um aumento de capital de cerca de R$ 1 bilhão e está disposta a bancar sozinha a injeção de recursos caso outros sócios na siderúrgica brasileira não queiram participar da operação, afirmou uma fonte com conhecimento direto do assunto disse a Reuters na terça-feira.
O objetivo da Nippon, que divide o controle da Usiminas com o grupo ítalo-argentino Techint, é que a aprovação do aumento de capital pelo Conselho da companhia ajude a convencer bancos credores a aceitarem carência no vencimento de dívidas de curto prazo que ameaçam a solvência da empresa. A reunião do Conselho de Administração da Usiminas está marcada para a sexta-feira.
A expectativa do grupo japonês é que a injeção de recursos via aumento de capital possa ocorrer três meses após o Conselho da Usiminas aprovar a operação, considerada pela Nippon como única saída para evitar que a siderúrgica brasileira seja obrigada a fazer um pedido de recuperação judicial, disse a fonte que pediu para não ser identificada.
Eletrobras
Segundo o Valor, a Furnas, subsidiária da Eletrobras (ELET6), avalia adquirir linhas da Abengoa no País. Ontem, a transmissora de energia elétrica Taesa (TAEE11), controlada pela estatal mineira Cemig e pelo fundo Coliseu, informou não avaliará a aquisição de ativos da espanhola Abengoa no Brasil se o governo federal não permitir uma majoração na receita anual estabelecida para os empreendimentos, conforme afirmou à Reuters nesta terça-feira o presidente da companhia, José Aloíse Ragone.
O Ministério de Minas e Energia tem procurado interessados em assumir concessões da Abengoa desde que a empresa paralisou todos os projetos no Brasil ao final do ano passado, quando a matriz da empresa entrou com pedido preliminar de recuperação judicial na Espanha.
“Não faz sentido nenhum, e não vamos envidar nenhum esforço, estamos em espera… não iremos avaliar as concessões se não houver elevação na receita e nos prazos”, disse o executivo.
Eneva
A Eneva (ENEV3) informou que não há nenhuma decisão sobre tratativas com a Cambuhy. A Eneva está em tratativas com a Cambuhy Investimentos para a realização de potencial transação que poderá envolver a alteração de sua estrutura acionária. A alteração na estrutura acionária seria feita por meio da participação detida pela Cambuhy na Parnaíba Gás Natural.
“A Eneva informa que não há, até o presente momento, nenhuma decisão da administração da companhia nem qualquer documento vinculante assinado regulando o assunto”.
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