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SÃO PAULO – Na última terça-feira (18), o Google completou 16 anos desde a estreia das negociações de suas ações na bolsa americana, acumulando uma valorização de 3.530,86% neste período, segundo dados divulgados pela consultoria Economatica. No mesmo período, o índice Nasdaq teve alta de 529%.
De acordo com o levantamento, os papéis da companhia estrearam cotados a US$ 85 o que, corrigido pelos proventos distribuídos até hoje, seriam US$ 42,54. Na última quarta, os ativos encerraram o pregão em US$ 1.544,61, o que entrega, em média, uma alta de 25,19% por ano.
Enquanto isso, de acordo com a Economatica, o valor de mercado da companhia – que hoje usa o nome Alphabet na Bolsa – passou de US$ 21,6 bilhões para US$ 1,05 trilhão nestes 16 anos.
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A consultoria ainda destaca que o Google nunca distribuiu dividendos aos acionistas, sendo o único provento da história uma bonificação em 2 de abril de 2014.
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Nestes 16 anos que está na Bolsa, a companhia de tecnologia registrou em todos os trimestres uma alta na receita líquida anualizada, sendo a única exceção exatamente o último trimestre, o segundo deste ano, quando sua receita teve leve queda de 0,39%, para US$ 38,3 bilhões.
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No mesmo período, o retorno sobre patrimônio líquido (ROE) do Google só foi menor que 10% uma vez, no 4º trimestre de 2017. Foram 41 trimestres com ROE entre 10% e 20% e outros 20 entre 20% e 40%.
Impactos da pandemia
No último trimestre, o Google, além de ver sua primeira queda de receita na história, registrou um fraco aumento no resultado de anúncios do YouTube, que somaram US$ 3,81 bilhões, uma alta de 6%.
Ainda que as ferramentas gratuitas de navegação na web, exibição de vídeos e teleconferência tenham sido mais usadas durante a quarentena, os resultados da empresa mostraram que as receitas provenientes de anúncios foram fortemente atingidas pela pandemia. Diversos anunciantes do Google enfrentaram dificuldades e tiveram, inclusive, que fazer demissões em massa.
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Como os investimentos em marketing muitas vezes são os primeiros a serem cortados, a empresa sentiu o baque, principalmente com anunciantes que atuam na área de turismo, como mecanismos de busca de viagens, companhias aéreas e hotéis.
Por outro lado, o serviço de armazenamento em nuvem, o Cloud, foi um ponto positivo do balanço mais recente. Sozinho, o serviço gerou arrecadação de US$ 3,01 bilhões, ante os US$ 2,7 bilhões registrados no mesmo trimestre do ano passado.
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