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O banco americano Goldman Sachs cortou a recomendação das ações do Bradesco (BBDC4) de compra para neutro, após resultados do quarto trimestre de 2022, abaixo das projeções já modestas do banco americano.
Além disso, analistas comentaram que as projeções (guidance) do Bradesco para 2023 foram muito mais conservadoras do que o esperado, indicando que levará tempo para que a lucratividade se recupere. O Goldman espera que o retorno sobre o patrimônio liquido (ROE, na sigla em inglês) siga pressionado neste ano e volte aos patamares de 17% apenas em 2025.
Enquanto isso, segundo Goldman Sachs, o ROE provavelmente permanecerá abaixo do custo de capital próprio de 13% por pelo menos mais alguns trimestres e provavelmente durante todo o ano de 2023, “justificando uma avaliação abaixo do valor contábil”.
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Analistas também destacaram que o Bradesco precisará mostrar uma melhora significativa na lucratividade antes que a avaliação possa se recuperar, provavelmente limitando o lado positivo no curto prazo. O preço-alvo é de R$ 14, o que representa potencial de valorização de 1,7% frente ao preço de fechamento de quarta-feira (15) de R$ 13,76.
Em termos de projeções, o Goldman reduziu em 24% sua estimativa de lucro líquido recorrente do Bradesco em 2023, para R$ 20,6 bilhões, com ROE de 12,8%, impulsionado principalmente pelo aumento de custos. O banco espera que a margem financeira líquida (NII) também permaneça fraca, o que levou o banco a reduzir a projeção da margem líquida de juros (NIM, na sigla em inglês).
Além da pressão de taxas de juros mais altas e do ciclo de crédito mais difícil sobre o NIM, analistas acreditam que o aumento das pressões competitivas também contribui para as perspectivas de rentabilidade abaixo da média.
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Da mesma forma, a estimativa de lucro para 2024 caiu 16%, para R$ 25,9 bilhões, implicando em um ROE de 14,8%. As estimativas do banco indicam lucros estáveis em 2023 e recuperando 26% em 2024. A ação está sendo negociada a 7,1 vezes preço/ lucro (P/L), abaixo dos níveis históricos de 10,0 vezes e dos pares do setor privado, de 7,9 vezes.
Às 10h23 (horário de Brasília) desta quinta-feira (16), as ações caíam 0,73%, a R$ 13,66.
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