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Os últimos dias foram movimentos para o setor de proteínas brasileiro. O Canadá aprovou importações de carne desossada e carne processada crua de certas regiões do Brasil livres de febre aftosa sem vacinação, enquanto a União Europeia e o Reino Unido impuseram certas restrições às importações de carne bovina brasileira.
Paraná, Rio Grande do Sul, Acre, Rondônia, além de 14 municípios de Amazonas e cinco de Mato Grosso poderão retomar as vendas para o país da América do Norte depois de uma atualização do certificado sanitário, informou o Ministério da Agricultura e Pecuária.
Já para o bloco europeu e Reino Unido, de acordo com Estadão, a principal mudança estabelece que, temporariamente, apenas animais machos serão considerados elegíveis para exportação até que um protocolo privado seja adotado para garantir que as fêmeas não tenham sido tratadas com ésteres de estradiol para fins reprodutivos ou zootécnicos.
De forma geral, o Goldman Sachs espera um impacto líquido marginalmente positivo para os preços da carne bovina, pois, mantendo tudo o mais constante, prevê que isso implicaria um déficit incremental de cerca de 10 pontos base no balanço projetado de oferta e demanda para o Brasil em neste ano, dado ao mix das exportações brasileiras e o impacto desses eventos.
Segundo o Goldman, a Minerva (BEEF3) é a empresa de proteína sob sua cobertura com a maior exposição à carne bovina brasileira, mas estima um potencial máximo de alta de apenas 0,5% no Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em 2024, já que as exportações de carne bovina brasileira representam 29% das vendas da Minerva.
O banco americano reitera recomendação de compra para as ações da Minerva e preço-alvo de R$ 7,55, mas destaca que o debate do mercado tem sido cada vez mais centrado no ciclo de oferta/gado e nas próximas etapas da aquisição em curso dos ativos da Marfrig na América do Sul.