Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4): qual ação ganharia mais com uma eventual fusão?

BBI ouviu investidores para encontrar consenso sobre o potencial acordo entre Azul e Gol e vê AZUL4 como mais beneficiada

Felipe Moreira

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Após o fechamento do mercado da última terça-feira (28), a Gol (GOLL4) informou que sua holding controladora Abra iniciou discussões com a Azul (AZUL4) para “explorar oportunidades”. Até o momento, não há oferta vinculativa.

A Abra, detentora de mais de 50% do capital social da Gol, também é o maior credor garantido da companhia aérea, que está em recuperação judicial nos Estados Unidos.

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Segundo levantamento do Bradesco BBI com dezoito investidores institucionais, 72% dos entrevistados acreditam que a Azul e a Gol poderiam anunciar uma fusão para consolidar o setor aéreo brasileiro.

A grande maioria dos entrevistados (72%) também acredita que a ação da Azul seria a mais beneficiada com a operação.

Já 28% dos investidores esperam que o preço das ações da Gol tenha desempenho abaixo, enquanto 22% das respostas afirmaram que a consolidação do mercado deverá beneficiar tanto a Azul quanto a Gol.

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Por fim, o BBI reiterou preferência pela Azul em detrimento da Gol. O BBI tem recomendação de compra para a Azul, com recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado, equivalente à compra), com preço-alvo de R$ 40; já para a Gol, a recomendação é underperform (desempenho abaixo da média do mercado, equivalente à venda), com preço-alvo de R$ 1.

“Embora a consolidação do mercado deva beneficiar as duas empresas e o Grupo LATAM Airlines (também com recomendação outperform, como AZUL4), a Gol divulgou seu plano de negócios de 5 anos, que pressupõe um aumento de capital de US$ 1,5 bilhão, que impõe uma enorme diluição de capital para os acionistas existentes, já que o valor de mercado atual da Gol é US$ 104 milhões”, avalia.

O BTG Pactual, por sua vez, ressaltou que uma fusão entre Gol e Azul seria um negócio de alta complexidade (governança, aprovação regulatória, considerações do balanço), avaliando que o progresso no acordo de codeshare anunciado no fim da última semana ajudará o mercado a avaliar qualquer potencial de fusões e aquisições.