Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4): Governo vai cobrar redução no querosene de aviação nas passagens aéreas

Petrobras na última semana reduziu o valor do combustível usado em aeronaves em 12,6% em meio a queda do petróleo e nova política de preços

Estadão Conteúdo

Setor de transportes puxou o volume de serviços em junho, especialmente o transporte aéreo (Foto: Shutterstock)
Setor de transportes puxou o volume de serviços em junho, especialmente o transporte aéreo (Foto: Shutterstock)

Publicidade

O governo pretende cobrar que as petroleiras com atuação no país apresentem uma mudança no preço querosene de aviação (QAV), após a Petrobras (PETR3;PETR4) reduzir o valor em 12,6%, disse o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante visita técnica ao Instituto Nacional do Semiárido, em Campina Grande (PB).

Segundo ele, haverá também conversa com as empresas aéreas, como Gol (GOLL4) e Azul (AZUL4) para que a redução no custo do combustível seja refletida nas tarifas, com benefício ao consumidor. “Agora vamos cobrar também de forma muito rigorosa das empresas aéreas, para que se chegue na ponta (a redução de custo), porque não basta um esforço nosso na diminuição de preço dos combustíveis se essas reduções não forem capturadas na cadeia”.

O ministro também afirmou haver um acompanhamento por parte da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para garantir que as reduções sejam capturadas na ponta, pelos consumidores. “Ela (a redução) tem que chegar na ponta, tem que chegar na bomba, tem que chegar na passagem aérea”, destacou.

Continua depois da publicidade

Silveira também destacou os esforços do governo para reduzir o preço dos combustíveis e do gás de cozinha. “Estamos trabalhando fortemente para isso”, disse ao citar a mudança na política de preços da Petrobras, que segundo ele aconteceu respeitando a governança da companhia.

Em relação à energia elétrica, o ministro afirmou que tem trabalhado para atrair investimentos, principalmente, em fontes renováveis para o Nordeste brasileiro. Ele também destacou que os leilões de transmissão que serão realizados devem focar em ativos que farão o escoamento da energia produzida na região para o Sudeste, principal centro de carga do País.

“Faremos os leilões para poder escoar toda a energia limpa e renovável do Nordeste para o centro de carga. Portanto, estamos muito otimistas, nós achamos que isso pode gerar milhares de empregos, só as linhas de transmissão nós calculamos em torno de 100 mil empregos diretos e indiretos.”