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SÃO PAULO – Pela segunda vez em menos de um dia, a Gol (GOLL4) elevou a oferta para os acionistas da Smiles (SMLS3) para a incorporação da base acionária da empresa de fidelidade pela companhia aérea.
Tal alteração, informa a Gol, implica em uma oferta para os acionistas da Smiles com o preço implícito de R$ 27,00 por ação da Smiles (ante R$ 26,14 da proposta anterior, uma alta de 3,29%).
A nova proposta prevê duas opções aos acionistas da Smiles. A primeira é formada por uma parcela em dinheiro no valor de R$ 9,14 por ação e 0,6601 ação preferencial da Gol. A segunda envolve R$ 22,54 em dinheiro e 0,1650 ação preferencial da companhia aérea.
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Assim, mais detalhadamente, caso a reorganização seja aprovada nas assembleias gerais extraordinárias das companhias, os acionistas da Smiles receberão, para cada ação ordinária de emissão da SMLS3 de que forem proprietários:
Na primeira alternativa:
(a) Uma parcela em moeda corrente nacional de R$ 9,14, ajustada na forma prevista no Protocolo e Justificação; e (b) 0,6601 ação preferencial de emissão da Gol.
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A proposta anterior era a seguinte: (a) uma parcela em moeda corrente nacional de R$ 8,28, ajustada na forma prevista no
Protocolo e Justificação; e (b) 0,660 ação preferencial de emissão da Gol.
ou
Na segunda alternativa:
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(a) uma parcela em moeda corrente nacional de R$ 22,54; e (b) 0,1650 ação preferencial de emissão da Gol, a critério dos acionistas titulares de ações da Smiles.
A proposta anterior era a seguinte: (a) uma parcela em moeda corrente nacional de R$ 21,68, ajustada na forma prevista
no Protocolo e Justificação; e (b) 0,165 ação preferencial de emissão da Gol.
Cabe destacar que as ações SMLS3 subiram 8,80%, a R$ 24,85, nesta quarta-feira, em meio às mudanças nos termos de troca às vésperas da assembleia, que acontece nesta data.
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Resistências
A Gol tem elevado a proposta para a incorporação da Smiles em meio às resistências de acionistas minoritários para aderir à relação de troca ofertada pela companhia.
No início da semana, a Esh Capital que, por meio do fundo Samba Theta, possui cerca 1,54% das ações ordinárias da Smiles, divulgou uma carta pública criticando a proposta e disse que o valor justo a ser pago por ação seria de R$ 44,94, segundo estudo feito pela Meden Consultoria, contratada pela Esh.
O valor encontrado pela consultoria levou em consideração o método e critério de fluxo de caixa descontado, enquanto a proposta da Gol usou como base valor de mercado. De acordo com a Esh, a metodologia usada pela aérea não capturaria nenhum dos benefícios futuros acordados nas operações de aquisição de créditos.
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Ela também criticou os adiantamentos de compra de passagens da Gol feitos com recursos da Smiles. Na visão do grupo, este seria um “socorro financeiro” durante a pandemia.
Brunno Donadio, analista da Equitas, diz que as elevações das propostas sinalizam o temor da Gol de não conseguir a aprovação para reincorporar a Smiles. “Eles querem colocar a Smiles de volta para dentro para acessar o caixa dela, parar de transferir tanto valor para o acionista da Smiles e resolver a questão fiscal. O contrato entre elas, da forma como se encontra hoje, é muito bom para o acionista da Smiles e ruim para o da Gol”, afirma.
Sobre a questão fiscal, o analista esclarece que, como a operação da Gol gera prejuízo e a da Smiles gera lucro, com as empresas separadas o lucro de uma não pode ser compensado pela outra.
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