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As companhias aéreas Azul (AZUL4) e Gol (GOLL4) anunciaram na noite de quinta-feira (23) um acordo de cooperação comercial que vai conectar as suas malhas aéreas no Brasil por meio de um codeshare. A parceria inclui as rotas domésticas exclusivas, ou seja, operadas por uma das duas empresas e não a outra.
O acordo envolve também os programas de fidelidade, permitindo que membros do Azul Fidelidade e do Smiles acumulem pontos ou milhas no programa de sua escolha ao comprar os trechos inclusos no codeshare.
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“Esse acordo vai trazer enormes benefícios para os nossos clientes. Ambas as companhias têm uma história de desenvolvimento da aviação no Brasil, focadas na excelência no atendimento ao Cliente. Com a malha altamente conectada da Azul servindo a maioria das cidades no Brasil e a forte presença da Gol nos principais mercados brasileiros, nossas ofertas complementares vão oferecer aos Clientes a mais ampla gama de opções de viagem”, disse Abhi Shah, Presidente da Azul. A parceria comercial estará disponível nos canais de vendas de ambas as empresas a partir de junho.
De acordo com o Bradesco BBI, este anúncio de codeshare pode ser um novo passo em direção a uma potencial fusão entre as duas empresas.
“Este acordo parece mais robusto se comparado ao assinado entre a Azul e o Grupo LATAM Airlines em agosto de 2020, visto que não envolvia os programas de passageiro frequente e era restrito a 64 rotas de voos domésticos”, aponta o banco, que continua preferindo a Azul à Gol, uma vez que os acionistas minoritários da última companhia provavelmente sofrerão uma enorme diluição patrimonial devido à conversão de dívida em capital em meio ao processo de Chapter 11 nos EUA.
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O Itaú BBA vê a notícia como positiva para a Azul, pois: i) reforça o ambiente competitivo positivo no espaço aéreo brasileiro; e ii) poderá desbloquear receitas adicionais para a Azul dada a maior conectividade criada pelo codeshare.
“Observamos que este acordo não depende de aprovação antitruste. Além disso, esta notícia poderá aumentar a percepção dos investidores sobre a possibilidade de uma fusão entre as companhias aéreas. Dado que a Azul voa sozinha em mais de 80% das suas rotas, a combinação dos seus negócios poderia desbloquear sinergias substanciais de receitas, além da economia de custos para a empresa combinada”, apontam os analistas do BBA.