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SÃO PAULO – O noticiário corporativo não conta com a divulgação de resultados do quarto trimestre nesta semana, mas as empresas aéreas Azul e Gol divulgaram os seus números operacionais de fevereiro, o que deve movimentar os papéis do setor. Enquanto isso, as recomendações também movimentam o radar desta quinta-feira (7). Confira mais destaques:
Azul (AZUL4)
A companhia aérea Azul informou seus números operacionais do mês de fevereiro. Houve aumento de 18,4% na tráfego de passageiros (RPK), enquanto a oferta de assentos (ASK) subiu 16,9%, isso na comparação com o mesmo mês de 2018. Assim, em um ano, a taxa de ocupação dos voos passou de 80,1% para 81,1%. Em dois meses, a demanda subiu 15,6% e a oferta avançou 16,4%, o que resultou em queda de 0,6 ponto porcentual na taxa de ocupação, para 82,4%.
A melhora no mês de fevereiro foi impulsionada pelos voos domésticos, com RPK em alta de 24,4%, e ASK subindo 20,1%. Assim, a taxa de ocupação avançou 2,9 pontos, para 82,1%. Em dois meses, houve crescimento de 18,7% na demanda e de 17,7% na oferta, e a taxa de ocupação avançou 0,7 ponto, a 82,3%.
Nos voos internacionais, a demanda teve aumento de 1,3%, ante 7,4% de alta na oferta. Isso resultou numa queda de 4,7 pontos na taxa de ocupação, para 78%. No ano, essa taxa caiu 4,4 pontos, a 83%, resultado de crescimento de 6,8% na demanda e de 12,4% na oferta.
“A Azul divulgou números operacionais sólidos para fevereiro. A demanda continua muito forte no Brasil; a queda de 4,7 pontos percentuais na taxa de ocupação internacional não prejudicou o valor consolidado. Como os passageiros internacionais tendem a reservar voos com mais antecedência do que os passageiros domésticos, não acreditamos que o declínio na taxa de ocupação neste segmento seja preocupante, pois tenderá a se recuperar com um cenário cambial mais favorável para esses passageiros”, destaca o Itaú BBA.
Gol (GOLL4)
A Gol informa que registrou alta de 6,9% na demanda doméstica em fevereiro, na comparação com igual mês do ano passado, enquanto a oferta aumentou 1,3%. A taxa de ocupação doméstica foi a 82,4%, um aumento de 4,3 pontos porcentuais (p.p.) em relação a fevereiro de 2018. O volume de decolagens reduziu 0,8% e o total de assentos aumentou 4,0%, na mesma base de comparação.
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A demanda por voos internacionais, por sua vez, teve alta de 17,8%, enquanto a oferta crescer 23,8%, levando a taxa de ocupação a 74,4%, queda de 3,8 p.p. em relação a fevereiro de 2018.
A demanda total da GOL aumentou em 8,4% no segundo mês do ano em relação a fevereiro de 2018. Já a oferta total da Gol aumentou em 4,5% devido ao aumento de 3,5% no total de assentos e da redução das decolagens em 0,9%. A taxa de ocupação consolidada atingiu 81,1%.
Recomendações
Na noite da última quarta-feira, o Goldman Sachs reiniciou a cobertura para ações do setor de shopping centers. BR Malls (BRML3) e Aliansce (ALSC3) com recomendação de compra e preços-alvo respectivos de R$ 17 e R$ 24. Enquanto isso, Iguatemi (IGTA3) tem recomendação neutra e preço-alvo de R$ 44 e Multiplan (MULT3) tem recomendação de venda com preço-alvo de R$ 24.
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Já a Bradespar (BRAP4) foi rebaixada a ’manutenção’ por HSBC, com preço-alvo de R$ 32,50.
O Itaú BBA, por sua vez, elevou o preço-alvo para as ações do Burger King (BKBR3) de R$ 23 para R$ 27 para 2019 após revisar o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) para cima depois do resultado do quarto trimestre de 2018. A recomendação para os ativos segue outperform.
IRB (IRBR3)
A administração do Banco do Brasil quer realizar uma oferta subsequente para vender as ações detidas no IRB, diz o Valor Econômico citando três fontes não identificadas com conhecimento do assunto. O modelo seria igual ao adotado pela Caixa, em fevereiro, quando vendeu a participação detida pelo fundo Fgeduc.
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Enquanto a operação do Fgeduc levou 56 dias para acontecer, a do BB deve levar de 9 meses a um ano, porque as ações da BB Seguros estão vinculadas ao acordo de acionistas, diz Valor citando uma das fontes.
A operação precisaria de autorização do Tribunal de Contas da União e da Superintendência de Seguros Privados. O BB Seguros detém fatia de 15,23% no IRB, segundo dados compilados pela Bloomberg. Do total, 13,5% estão vinculadas ao acordo de acionistas, segundo o Valor.
O BB Seguros tem preferência de compra em caso de venda das ações detidas pela União; já no caso de venda de participação pela BB Seguros, ordem de preferência é União, FIP Barcelona, Itaú e Bradesco Seguros. A União e FIP Barcelona não exerceriam direito, segundo a atual política governamental. Não há pressa para que a operação aconteça, disse uma fonte ao jornal.
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“A fatia do BB, que não se posicionou oficialmente sobre a possível oferta, vale atualmente R$4,2 bilhões. A saída do banco poderia abrir caminho para a resseguradora se transformar em uma corporação, sem controlador definido”, destaca a XP Research.
Klabin (KLBN11)
A Klabin anunciou ontem o cancelamento de uma assembleia de acionistas para votar a proposta da incorporação da Sogemar. “A companhia lamenta informar haver recebido nesta data, da Sogemar, correspondência comunicando que, à luz da campanha lançada por um único investidor da Klabin contra a incorporação e para que não haja dúvida de que atuou todo o tempo exclusivamente em reação às discussões provocadas pela diretoria da companhia, decidiu retirar o consentimento à sua incorporação pela companhia”, afirma a empresa em fato relevante.
CCR (CCRO3)
Em resposta à matéria do Valor Econômico, a CCR informou que não tem conhecimento acerca de supostas novas investigações conduzidas pelo Ministério Público do Estado de São Paulo envolvendo a Companhia ou suas controladas.
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Na véspera, o Ministério Público Federal do Paraná informar que firmou acordo de leniência com a Rodonorte, concessionária de rodovias do grupo CCR, em que a empresa se compromete a pagar R$ 750 milhões até 2021.
“Embora o mercado estivesse esperando o acordo, acreditamos que o valor superou as expectativas. Após o acordo, também vamos monitorar os contratos da Ecorodovias (ECOR3) com o estado do Paraná”, destaca o Itaú BBA.
(Com Agência Estado)
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