Gestora de criptomoedas Hashdex quer contratar pessoas em São Paulo, Rio e Nova York

A gestora busca engenheiros de software, especialistas em distribuição para investidores institucionais, pesquisa, marketing e publicidade

Bloomberg

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(Bloomberg) — A Hashdex, gestora com foco em criptomoedas, está abrindo um escritório em Nova York e contratando até 45 funcionários no Rio, em São Paulo e nos Estados Unidos.

A gestora busca engenheiros de software, especialistas em distribuição para investidores institucionais, pesquisa, marketing e publicidade, segundo seu co-fundador, Marcelo Sampaio.

“Inicialmente pensamos em lançar nossa empresa nos Estados Unidos em 2018, mas queríamos apenas operar em mercados regulados, e o Brasil estava mais avançado em regulamentações na época”, disse Sampaio, que também é presidente da Hashdex, em uma entrevista. “Agora que os EUA estão se abrindo, estamos indo para lá, estamos nos tornando globais”.

O outro co-fundador da Hashdex, Bruno Caratori, está se mudando para Nova York de Palo Alto, Califórnia, para ajudar a construir o negócio, que tem sede no Rio e R$ 5 bilhões sob gestão. No Brasil, a empresa planeja aumentar a equipe em cerca de 30 pessoas e contratou o ex-sócio da área de gestão de fortunas da JGP Carlos Amarante como chefe de distribuição. Priscila Mendes, ex-executiva do Banco BTG Pactual SA, ingressou como diretora de relações com investidores.

“É difícil contratar em Nova York, o mercado está muito aquecido por lá”, disse Sampaio, acrescentando que a empresa hoje atua na cidade com três pessoas em um escritório da WeWork.

A Hashdex disse em maio que levantou cerca de US$ 26 milhões de investidores incluindo o SoftBank, a Coinbase e a Valor Capital. Outros investidores incluíram a brasileira Igah Ventures, a Globo Ventures e a Canary. A Hashdex está usando o capital obtido para iniciar campanha publicitária e contratou Andrea Cunningham, fundadora do Cunningham Collective, para desenvolver sua marca global.

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Em abril, a gestora lançou o Hashdex Nasdaq Crypto Index Fundo de Índice, que a empresa disse na época ser o primeiro fundo de criptomoedas negociado em bolsa do mundo. O fundo girou cerca de R$ 1,29 bilhão em agosto. Para comparação, o volume de negócios na bolsa Mercado Bitcoin foi de R$ 621 milhões naquele mês, e uma das maiores criptobolsas globais, a Binance, movimentou R$ 2,65 bilhões no mercado brasileiro, segundo Sampaio.

A Hashdex lançou dois outros ETFs de criptomoedas em agosto no Brasil: o Hashdex Nasdaq Bitcoin Refer e o Hashdex Nasdaq Ethereum Refer. O plano é oferecer outros ETFs, além de fundos de negociação ativa, em plataformas de empresas como a XP, a maior corretora do Brasil, e o BTG.

Nos Estados Unidos, a Hashdex lançou em agosto o fundo de hedge Victory Hashdex Nasdaq Crypto Index em parceria com a Victory Capital. E protocolou junto à SEC, xerife do mercado de capitais dos EUA, o que a Hashdex disse que seria o primeiro ETF de multicriptomoedas nos Estados Unidos, que seguiria as variações do índice de criptomoedas da Nasdaq.

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A Hashdex já é a maior gestora de recursos de criptomoedas da América Latina e tem planos de se expandir para outros países da região, disse Sampaio, sem especificar quais.

“Queremos mostrar aos participantes mais tradicionais do mercado de capitais que os investimentos em criptomoedas podem ser simples, seguros e regulamentados”, disse ele, acrescentando que, após “quebrar muito a perna”, persuadiu grandes bancos, gestoras de fortunas familiares e gestores de fundos no Brasil a investir no ativo, que ele disse ser uma importante “reserva de valor”.

O valor total de mercado das criptomoedas é de cerca de US$ 2 trilhões hoje, em relação aos cerca de US$ 1 trilhão no início do ano, de acordo com CoinMarketCap.com.

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“Queremos que os criptomercados não sejam mais exclusivamente um ambiente para os jovens, gigs e libertários”, disse Sampaio.

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