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SÃO PAULO – No primeiro pregão de julho, o Ibovespa manteve a tendência negativa e terminou esta segunda-feira (1) com queda de 0,48%, aos 47.229 pontos. Dentre as maiores perdas do dia, aparecem as empresas do Grupo EBX, de Eike Batista, bem como as imobiliárias e a empresa de telecomunicações Oi (OIBR3, OIBR4). Do lado positivo, Cyrela (CYRE3), siderúrgicas e exportadoras apresentaram forte valorização neste pregão.
OGX despenca 30%…
Nesta manhã, a OGX Petróleo (OGXP3) divulgou fato relevante apresentando a possibilidade de que os poços de produção de petróleo da companhia parem de produzir em 2014. Com isso, as ações OGXP3 despencaram 29,11%, atingindo R$ 0,56. A companhia anunciou a suspensão do desenvolvimento dos campos de Tubarão Tigre, Tubarão Gato e Tubarão Areia, além da adequação do afretamento de unidades de produção.
Além disso, a OGX afirmou ter concluído uma análise detalhada do comportamento de cada um dos três poços de produção do campo de Tubarão Azul desde o início da produção até a presente data e concluiu que não existe tecnologia capaz de viabilizar economicamente qualquer investimento adicional no campo.
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Para o analista Luiz Francisco Caetano, da Planner Corretora, o atual cenário da companhia é muito mais de sobrevivência do que de crescimento, destacando que é complicado realizar projeções para a empresa já que não existem dados confiáveis para tal. Enquanto isso, os analistas do Banco Espírito Santo afirmam que o campo de Tubarão Martelo passa a ser decisivo para o futuro da empresa, já que esse é o único campo que se manteve ativo para a OGX.
… e puxa resto do Grupo X
Com a notícias negativa para a petrolífera, as outras ações do grupo EBX também tiveram um dia bastante negativo. Completando as maiores quedas do Ibovespa, junto com a OGX, a MMX Mineração (MMXM3) e a LLX Logística (LLXL3) caíram 9,52% e 10,10%, respectivamente, cotadas a R$ 1,33 e R$ 0,89. Fora do índice, os papéis da CCX Carvão (CCXC3) caíram 16,48%, encerrando a R$ 0,76, enquanto a OSX Brasil (OSXB3) recuaram 5,00%, para R$ 1,33. A MPX Energia (MPXE3), por sua vez, fechou esta segunda com recuo de 4,64%, para R$ 7,20.
Com estas fortes quedas, as empresas X somaram ao todo uma perda de R$ 1,23 bilhão de valor de mercado apenas nesta segunda-feira, caindo de R$ 11,19 bilhões para R$ 9,96 bilhões. A desvalorização mais drástica ficou, obviamente, com a OGX, que viu seu valor de mercado diminuir em R$ 744,28 milhões, indo para R$ 1,81 bilhão.
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Gerdau sobe com nova elevação de recomendação
As ações das siderúrgicas ganharam força neste pregão, com destaque para a Gerdau (GGBR4) e para a Gerdau Metalúrgica (GOAU4), que avançaram 5,08% e 3,06%, respectivamente, encerrando o dia a R$ 13,25 e R$ 16,48. O movimento ocorre após o Bank of America Merrill Lynch elevar sua recomendação para as empresas do setor, apontando que o forte movimento de queda visto nos papéis das companhias no primeiro semestre deixaram-os num ponto interessante de compra. O preço-alvo para a ação também foi elevado, de R$ 15,20 para R$ 16,50.
Na última semana, o Goldman Sachs já havia indicado compra para os papéis da companhia – no pregão em questão, os papéis GGBR4 subiram 5,7%.
Com menos força, mas também no positivo, ficaram os ativos da Usiminas (USIM3; USIM5), que subiram 1,70%, a R$ 7,78, para os ordinários e 0,27%, a R$ 7,45, para os preferenciais. Na sequência ficaram as ações da CSN (CSNA3), que subiram 1,34%, cotadas a R$ 6,05. Na semana passada, o mesmo Goldman também havia revisado as duas empresas, elevando a Usiminas de underperform (desempenho abaixo da média) para neutra, enquanto para a CSN a recomendação se manteve em underperform.
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imobiliárias voltam a cair, mas Cyrela avança 4%
Ainda entre as maiores perdas, destaque também para as imobiliárias. A PDG Realty (PDGR3, R$ 2,03, -3,79%) e a Rossi (RSID3, R$ 2,84, -2,74%) tiveram as maiores perdas dentro do setor. Porém, no caso da Rossi, o acumulado nas últimas 7 sessões ainda é de alta de 1,79%, enquanto para a PDG o desempenho é negativo em 2,40% no mesmo período.
Já a Brookfield (BISA3), que teve um bom desempenho na última semana, fechou o dia com queda de 2,67%, para R$ 1,46, mas ainda acumulando alta de 4,29% nas últimas 7 sessões.
Destoando do resto do setor, os papéis da Cyrela (CYRE3) ficaram entre as maiores altas do dia, avançando 4,24%, a R$ 15,99. Nesta segunda, o Morgan Stanley destacou a Cyrela dentre as ações do setor, com uma recomendação underweight (acima de média do mercado) e afirmandou que a queda de 13% dos papéis em junho se tornaram uma boa oportunidade de entrada.